Pelé inaugura a Olimpíada do Rio
Hoje à tardinha, haverá a cerimônia da pira olímpica,
a ser acesa por Pelé. Não há maior justiça do que prestar essa honra ao maior
jogador mundial de futebol, o craque de todos os tempos.
Não será sem sacrifício pessoal que
Edson Arantes do Nascimento participará da cerimônia da solene abertura dos
Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro. Ninguém chega à marca dos mil goals por
acaso.
Nota aditiva
Infelizmente, não será possível que se preste esta homenagem a Pelé. Segundo o nosso maior craque de futebol declara no Globo on-line ele não se acha em condições físicas de fazê-lo pessoalmente. É uma pena, tratando-se de quem se trata.
Comissários raciais
A Folha
dedica hoje um editorial aos 'comissários raciais'. As quotas raciais, que
visam beneficiar os afro-brasileiros, são por vezes difíceis de estabelecer no
caso de mestiçagem. Uma das saídas para a questão está em que o candidato
declare a própria cor. No entanto, a despeito das boas intenções, essa opção
pode servir a quem se queira valer indevidamente da quota racial, apesar de ser
branco.
O exame de ingresso no Itamaraty, hoje
facilitado em demasia durante o domínio petista e seus acólitos, tem criado
mal-estar, pelo suposto uso indevido da carta da quota racial, a que recorrem
por vezes candidatos que, branquinhos da silva, pretendem valer-se desse
facilitário para ingressar no Instituto Rio Branco.
É triste e mesmo lamentável que a qualidade
de nossos diplomatas seja determinada por truques do gênero.
Já passou o tempo em que o diplomata
brasileiro, formado pelo Instituto Rio Branco, tinha na nossa diplomacia - e
sobretudo nas Nações Unidas e outras instituições multilaterais - campo
aberto para a sua ação profissional.
Formar-se pelo facilitário de
declarações oportunistas, se garante nessa época de cancela aberta a nomeação
para a carrière, tende a torná-lo
um(a) inútil na diplomacia
parlamentar. Como se pode atuar, em qualquer nível, nessa diplomacia, se se
desconhece a lingua franca da negociação parlamentar?
A
Crise da Venezuela
Na verdade, a grave crise
em que se debate a Venezuela é
consequência direta do regime chavista, no seu atual estágio de decomposição, que é dado pelo
desastroso governo de Nicolás Maduro.
Por critérios que se avizinham da
irresponsabilidade, não houve o necessário consenso para reconhecer o óbvio
ululante. Em outras palavras, que Caracas não tem a menor condição de assumir a
presidência pro-tempore do Mercosul,
essa grande esperança do século passado, que, pelos seus graves impedimentos,
ao invés de intensificar o intercâmbio na América do Sul, tem conduzido a uma
condição de stasis.
Se algum dia se fizer o processo da
Organização dos Estados Americanos (OEA), poder-se-á levantar outra
irrespondível acusação ao organismo interamericano, que atolou-se na própria
incapacidade de verbalizar o óbvio - a crise da democracia na Venezuela - e a
consequente necessidade de afastá-la da OEA, por não preencher as condições
mínimas de participação dos respectivos membros.
Porque a OEA não tem condição real
para asseverar o óbvio - que a Venezuela não é mais uma democracia, e que por
conseguinte medidas devem ser tomadas para que se habilitem as forças democráticas que ainda existem
naquele país para proceder a uma reforma que crie condições para o retorno da
democracia.
Um peru sem cabeça pode dar várias
voltas no quintal de uma resistência. Mas essa condição de estar supostamente
em vida não nos induz a declarar que se possa deixar a situação como está.
O governo Nicolás Maduro se
mantém através de recursos ilegais, como a imoral superlotação do Tribunal
Supremo e de seu desvio de função, que passou a ser o expediente de afogadilho
de impedir a ação da maioria democrata na Assembléia do Povo. Agora, o referendo constitucional - o recall -
continua a ser inviabilizado por uma série de recursos ilegais, que só visam a
impossibilitar que a população venezuelana possa sufragar o fim das funções
governativas do inepto e incapaz Nicolás
Maduro.
Essa falência do sistema
interamericano - que deveria ser prontamente sanada pelo emprego dos
instrumentos democratas que faculta a legislação constitucional da Venezuela -
não pode, por outro lado, vir a contaminar o sistema da presidência pro-tempore
do Mercosul. É estranho que o Uruguai de Tabaré Vazquez se negue a reconhecer o
óbvio, vale dizer que a Venezuela de Maduro não tem a menor condição de assumir
a presidência do conselho do Mercosur, pela situação em que está, inclusive
pela falta de atendimento a requisitos mínimos no que tange à organização do
Mercado Comum.
Maduro estranhamente tem
conseguido sobreviver a uma situação de calamidade pública, em termos de falta
quase absoluta de meios para alimentar adequadamente a respectiva população. Se
isso não é argumento suficiente...
Por sua vez,Tabaré Vasquez tem a Frente
Ampla, a aliança esquerdista que daria governabilidade a seu governo, dominada
pela facção chefiada pelo Senador e ex-Presidente José Mujica, que defende o
governo Maduro.
Como três países do Mercosul -
Argentina, Brasil e Paraguai - não concordam que Caracas comande o bloco, a crise está
formada...
( Fontes:
O Globo, Folha de S.Paulo )
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