O jogo Brasil x África do Sul terminou com decepcionante
zero a zero, que fez justiça à inépcia da equipe brasileira. Neymar voltando de
férias jogou muito mal, como aliás também o restante da equipe.
Desentrosados, complicando as jogadas,
talvez a maior proeza negativa foi de Gabriel de Jesus que diante de um gol
vazio, conseguiu realizar o mais difícil, vale dizer acertar a trave esquerda
com uma distância de cerca de metro e meio da linha do gol.
Ao invés de tentar o chutaço, como ele
o fez, Gabriel deveria ter mostrado a classe que dizem ter, mas que hoje escondeu com
grande proficiência.
Além da falta de conjunto, das bolas
erradas de Neymar (com as mãos ritualmente na cabeça, que é hoje o gesto mais
comum dos jogadores brasileiros), não há muito o que dizer da seleção
canarinho.
O torcedor olha para o técnico e se
pergunta o que fizeram, pois o próprio Neymar nada fez. O único que trouxe
consigo foi a respectiva máscara. O problema é que essa postura cabe no craque.
Mas quando o futebol do craque lembra
mais um jogador de poucos recursos, o que se pergunta é porque não interrompeu
um pouco antes as suas férias?
O domínio do Brasil foi praticamente
total, sobretudo após um violento beque da África do Sul arranjou jeito de ser
expulso. Ora, com a vantagem de um jogador a mais o Brasil (e o seu técnico)
conseguiram urdir jogada que refletissem o nosso domínio em campo.
Mas não foi uma preponderância que
eletrizasse a plateia do Engenhão. Os atacantes brasileiros sempre
encontravam maneira de complicar as
jogadas, e o técnico brasileiro sequer aproveitou a vantagem de ter mais um
elemento na cancha.
Aliás, dada a qualidade técnica
(nula), nenhuma oportunidade foi aproveitada, e se fosse boa, arranjavam jeito
de desperdiçá-la...
Neymar foi uma quase nulidade,
sempre parecendo queixar-se da má sorte, quando devia deplorar o bom futebol
que parece não estar com ele.
Pois quando o goleiro adversário
torna-se o maior jogador em campo, como foi o caso, a receita é de a bola continua a atrapalhar muito os jogadores... O lance de Gabriel de Jesus - que, valha-me
Deus, até mascarado ficou - deve entrar na antologia às avessas do futebol...
Porque perder um gol daqueles, que literalmente qualquer um poderia fazer,
deveria ensiná-lo a usar mais o cérebro na próxima partida. Os grandes
jogadores, aqueles de verdade, não carecem da força boçal para marcar gols... Naquela bola, com um pouquinho de calma, era só colocá-la... Mas para
isso, é preciso classe que o jogador ou não tem, ou a esqueceu no vestiário...
( Fonte: Rede Globo, com Galvão Bueno .. ).
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