Marqueteiros soltos sob fiança
Está
livre da cadeia o casal de marqueteiros
petistas - João Santana e a mulher, Mônica
Moura. Assim o determinou o Juiz Sérgio Moro, sob a fiança de R$ 31,5
milhões.
O casal
foi libertado pelo Juiz Sérgio Moro. A fiança - que é a maior já paga desde o início da Lava-Jato - foi determinada em acordo de delação premiada.
Já foi revelado pelo casal ao Juiz
Moro haver recebido no exterior dinheiro de caixa
dois da campanha de 2010 da Presidente afastada.
Embora O Globo assinale que Mônica Moura ri novamente, como fez ao ser
presa, o sorriso agora está bastante mais amplo.
Paulo Bernardo e mais 19 denunciados
pelo MPF
Como se sabe Paulo
Bernardo - ex-Ministro do Planejamento e também das Comunicações -
ficou preso seis dias em junho, por suspeita de receber R$ 7,1 milhões em
propinas da Consist, empresa de software
beneficiada durante sua gestão no
Planejamento.
A brevidade da prisão de Paulo
Bernardo se deve a recurso impetrado junto ao Ministro (do STF) Dias Toffoli,
que interveio fulminante em favor do petista (o ex-Ministro estava preso por
determinação de juiz de 1ª instância, e a intervenção de Dias Toffoli levantou,
pelo seu caráter inusitado, várias sobrancelhas jurídicas).
Paulo Bernardo estava preso por
suspeita de receber R$ 7,1 milhões
em propina da Consist, empresa de software
beneficiada durante sua gestão no Planejamento.
Como explicita O Globo, graças
a acordo de cooperação com a Associação Brasileira de Bancos (ABBC) e o
Sindicato das Entidades Abertas de Previdência Privada (SINAPP) no Ano do
Senhor de 2010 a dita Consist
passou a atuar na administração de empréstimos consignados na folha de pagamentos de servidores, e a
destinar parte de seu faturamento ao PT
e a pessoas indicadas por esse partido que se notabilizou na defesa da classe
trabalhadora.
Nesse sentido, assim se
expressaram os procuradores do Ministério Público Federal: "Paulo Bernardo
participava diretamente da operação. Ele ocupou a pasta entre 2005 e 2011, e
continuou a receber a sua parte (sic), mesmo como ministro das Comunicações,
cargo que exerceu entre 2012 e
2015, E-mail apreendido no bojo das operações mostra que ele era tratado por um dos
integrantes do esquema como 'patrono' da organização".
A Consist era remunerada
pelos bancos para informá-los dos limites e da margem para empréstimo de dois milhões de servidores
do Executivo Federal. Uma fatia dos lucros da empresa foi transferida ao advogado Guilherme Gonçalves, de Curitiba,
que teria usado parte dos recursos para
bancar despesas pessoais de Paulo
Bernardo e sua mulher, a Senadora Gleisi
Hoffmann (PT-PR).
Por ter foro privilegiado,
Gleisi (que foi Chefe do Gabinete Civil de Dilma Rousseff, e é também conhecida
como Coelhinha) só pode ser processada no
STF. Nas próximas semanas a Polícia Federal deve apresentar relatório pedindo
seu indiciamento por lavagem de dinheiro e por supostamente ser partícipe do
delito de corrupção passiva atribuído ao Ministro Paulo Bernardo.
Segundo a investigação, a
fatia inicial do ministro petista era de 9,6%
do faturamento da Consist, percentual
que depois caíu para 4,8%, em 2012, e para 2,9%, em 2014.
Consoante explicita o MPF
"os recursos pagavam os honorários do advogado, despesas pessoais do então
ministro e salários de ex-assessor e do motorista."
É interessante notar quão
amplo era o interesse de apropriação de fundos (no caso, indébita) pelas autoridades petistas, que as fazia não
dispensar muita atenção a um aspecto decerto delicado e penoso, que era o fato
de ser o Consignado um meio de
financiamento retirado da classe trabalhadora, justamente aqueles que menos
recebem do Erário da União.
Mas chorando ou não
lágrimas de crocodilo, as autoridades envolvidas - que são do Partido dos
Trabalhadores - continuaram a servir-se do dinheiro retirado dos salários
desses mal-remunerados trabalhadores.
O princípio aí é que a quantidade deve suplementar a qualidade do numerário em
tela...
( Fonte: O Globo )
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