Há duas notas principais sobre as
realizações do Brasil nas Olimpíadas:
( 1 ) Com Rafaela
Silva, o Brasil ganha no judô a primeira
medalha de ouro.
( 2)
Com Felipe Wu, o Brasil ganhara ontem a primeira colocação no pódio
(segundo lugar, no tiro esportivo, medalha de prata).
Por outro lado, as possibilidades de medalha
continuam boas com a equipe feminina de futebol (ontem, vitória maiúscula sobre
a Suécia por 5x1.
No vólei de praia, as mulheres
estão igualmente avançando!
Por sua vez, o futebol masculino
que, por tanto tempo, fora para nós brasileiros, objeto de orgulho e satisfação,
dá a impressão de que o trauma do 7x1 está difícil de superar. Ontem, outro empate zero a zero, desta feita
diante da fraca equipe do Iraque, mostra a crise por que passa a nossa seleção. No passado, assistir os jogos do scratch nacional era não só motivo de orgulho, mas de segura
satisfação. E não falo só de Pelé e Garrincha - aquele o maior craque
brasileiro e este, a alegria do Povo!
O presente time não pode
contentar-nos, pela falta de coordenação e daquele futebol que, no passado, tanto
nos distinguira.
De resto, não adianta levar as mãos à cabeça, como se os céus fossem
culpados pelas seguidas falhas. Nesse mundo em que até craques como Neymar
parecem ter perdido a alegria dos lances que os diferençavam dos joãos à sua volta, é sobremaneira
irritante a repetição de tal gesto, que apenas nos relembra do buraco de que dá
a impressão de estar o nosso alegre futebol de outrora.
Por sua vez, note-se a satisfação
e o prazer em acompanhar o futebol técnico e coordenado do time de Marta &
Cia. Hoje, esse time das meninas (a
começar pela veterana Marta) é um prazer de assistir jogar, pelo seu domínio do futebol, pela habilidade técnica e a segurança na defesa!
Além
disso, ver o time feminino, bem coordenado, com boa orientação tática,
alternando passes longos e curtos, semelha saído de outro país, se cotejado com
a versão masculina, que, por vezes espanta pela inabilidade que nunca foi
característica nossa. A esperança Gabriel perder aquele gol feito, quando
apelou para o chutão, ao invés de tratar com carinho a bola e colocá-la no arco
adversário - mais do que desprazer, foi uma desilusão, porque nada tinha de o que, no passado,
grandes nos fizera!
Além de voltar ao nosso feijão com
arroz, o que está faltando nesta equipe masculina é técnico, além de talvez um bom
psicólogo... Pois se lhes foge a tranquilidade, onde estará o domínio da bola e
a possibilidade de nos relembrar de o que foi o alegre futebol brasileiro do
passado?!
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