sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Morte do Soldado que viera proteger-nos



         Além de ser deplorável pela condição em si, constitui  uma vergonha para País e Cidade que se oferece como sede olímpica que soldado de força nacional, vinda justamente para proteger os participantes, brasileiros e estrangeiros, seja covardemente fuzilado e, ainda por cima, pelo motivo fútil de 'castigar' quem se atreva a desrespeitar a determinação - que mais do que criminosa, é estúpida - de proibir o ingresso de quem quer que seja nesse domínio da bandidagem, em área tristemente vizinha da Linha Vermelha, que é pista relevante de acesso de e para a mui leal e heróica cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro.
          Pela manhã, este blog já se reportou à tragédia, que o é sobretudo para profissional honesto que para cá veio mandado por ordem superior com a missão de preservar a paz e a ordem.   A gravidade da situação no Rio de Janeiro, que pela falta de meios não semelha ter condições de fazer respeitar lei e ordem, e por isso se  vê forçado a receber o apoio da Força Nacional vinda de outros Estados, a cargo da União Federal.
           Não creio seja a ideia de que essa Força venha a ser submetida a situações tão imprevistas  como este alegado infortúnio, nem que se queira culpar a vítima - no caso os que estavam no carro que, de resto, não era blindado, ao adentrar a vila do João - porque tal  seria o cúmulo da estupidez.
           Antes bastava vir a força nacional para o Rio de Janeiro e impressionar pelo número os bandidos que, no caso de antes, preferiam aguardar melhor ocasião, quando a barra de forças nacionais estivesse limpa.
            Pelo visto, sequer permanece algum temor seja reverencial, ou residual pela força federal. Aliás, a reação desse enclave da dita Vila do João demonstra que se não estiver adequadamente protegida - com carros blindados - e armamento pesado, outras incursões de veículos da Força Federal de Proteção serão provavel e ignominiosamene recebidas da mesma forma com que o carro em que estava o Soldado Hélio Vieira que foi estupidamente (e mortalmente) atingido na cabeça.
             A  que ponto chegamos ! A desídia ou a incompetência (ou uma mistura dessas duas atitudes) que produz morte em tais covardes circunstâncias não  deve ficar por isso mesmo.
             Quando começou a derrocada das tropas nazistas na União Soviética, em processo de expulsão e de aniquilação pelo ressurgente Exército Vermelho, o invasor germânico começou a ser castigado por haver acreditado na demência do Führer. Chegara a vez deles de baterem em retirada, acossados por guerrilheiros, pela população que lhes negava o que antes prodigara, e pelos contínuos ataques das forças militares do Marechal Stalin.
                Quanta fraqueza, quanta debilidade da força policial de permitir que em qualquer canto da metrópole surjam situações como essa, em que se chega a censurar o motorista por ter usado um aplicativo (e não um mapa da força policial) para adentrar qualquer núcleo urbano que seja.  Admitir o medo, a cautela extrema, e até aceitar a exigência estulta de criar uma lei do tráfico acima da lei do Estado e do próprio país, isso faz parte de uma nacionalidade que não tem respeito por si própria, e que está portanto aberta às ofensas e às sanhudas atitudes do tráfico, que se erige como se fora um verdadeiro poder.
                  Somente a estupidez dos responsáveis de então deixou escapar do Complexo do Alemão aquela chusma de bandidos que na oportunidade mostravam uma das duas atitudes que caracterizam os fora da lei:  ou debandam como manada, ou estão com a faca e o revólver na garganta da vítima da vez.  Integrante da Força Nacional, atingido por bandidos, o soldado Hélio Vieira pagou com a vida a sua presença generosa no Rio de Janeiro. Ele era partícipe da Força que viera proteger aquela gente, e a própria cidade de que se diz ser mui leal e heróica.
                     Se o policiamento do Rio de Janeiro quer continuar a olhar-se no espelho, deve encontrar o assassino do integrante da Força Nacional  que ali viera para proteger a nós todos, inclusive aquele que estupidamente o matou.  Essa pessoa deverá ter toda a atenção que a vítima não teve. Mas deve também, se determinado inequivocamente o fato, ser presa, interrogada, julgada e condenada. Disporá então de todo o tempo para pensar no que fez, e arrepender-se pela sua ignominiosa atitude. 
            

(  Fonte : internet )         

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