Além de ser deplorável
pela condição em si, constitui uma
vergonha para País e Cidade que se oferece como sede olímpica que soldado de
força nacional, vinda justamente para proteger os participantes, brasileiros e
estrangeiros, seja covardemente fuzilado e, ainda por cima, pelo motivo fútil
de 'castigar' quem se atreva a desrespeitar a determinação - que mais do que
criminosa, é estúpida - de proibir o ingresso de quem quer que seja nesse
domínio da bandidagem, em área tristemente vizinha da Linha Vermelha, que é
pista relevante de acesso de e para a mui
leal e heróica cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro.
Pela manhã, este blog já se reportou à tragédia, que o é sobretudo para profissional
honesto que para cá veio mandado por ordem superior com a missão de preservar a
paz e a ordem. A gravidade da situação
no Rio de Janeiro, que pela falta de meios não semelha ter condições de fazer
respeitar lei e ordem, e por isso se vê
forçado a receber o apoio da Força Nacional vinda de outros Estados, a cargo da
União Federal.
Não creio seja a ideia de que essa Força
venha a ser submetida a situações tão imprevistas como este alegado infortúnio, nem que se
queira culpar a vítima - no caso os que estavam no carro que, de resto, não era
blindado, ao adentrar a vila do João - porque tal seria o cúmulo da estupidez.
Antes bastava vir a força nacional
para o Rio de Janeiro e impressionar pelo número os bandidos que, no caso de
antes, preferiam aguardar melhor ocasião, quando a barra de forças nacionais
estivesse limpa.
Pelo visto, sequer permanece algum
temor seja reverencial, ou residual pela força federal. Aliás, a reação desse
enclave da dita Vila do João demonstra que se não estiver adequadamente
protegida - com carros blindados - e armamento pesado, outras incursões de
veículos da Força Federal de Proteção serão provavel e ignominiosamene
recebidas da mesma forma com que o carro em que estava o Soldado Hélio Vieira que
foi estupidamente (e mortalmente) atingido na cabeça.
A
que ponto chegamos ! A desídia ou a incompetência (ou uma mistura dessas duas atitudes) que produz morte em tais
covardes circunstâncias não deve ficar
por isso mesmo.
Quando começou a derrocada das tropas
nazistas na União Soviética, em processo de expulsão e de aniquilação pelo
ressurgente Exército Vermelho, o invasor germânico começou a ser castigado por
haver acreditado na demência do Führer.
Chegara a vez deles de baterem em retirada, acossados por guerrilheiros, pela
população que lhes negava o que antes prodigara, e pelos contínuos ataques das forças
militares do Marechal Stalin.
Quanta fraqueza, quanta
debilidade da força policial de permitir que em qualquer canto da metrópole
surjam situações como essa, em que se chega a censurar o motorista por ter
usado um aplicativo (e não um mapa da força policial) para adentrar qualquer
núcleo urbano que seja. Admitir o medo,
a cautela extrema, e até aceitar a exigência estulta de criar uma lei do
tráfico acima da lei do Estado e do próprio país, isso faz parte de uma
nacionalidade que não tem respeito por si própria, e que está portanto aberta
às ofensas e às sanhudas atitudes do tráfico, que se erige como se fora um
verdadeiro poder.
Somente a estupidez dos
responsáveis de então deixou escapar do Complexo do Alemão aquela chusma de
bandidos que na oportunidade mostravam uma das duas atitudes que caracterizam
os fora da lei: ou debandam como manada,
ou estão com a faca e o revólver na garganta da vítima da vez. Integrante da Força Nacional, atingido por
bandidos, o soldado Hélio Vieira pagou com a vida a sua presença generosa no
Rio de Janeiro. Ele era partícipe da Força que viera proteger aquela gente, e a
própria cidade de que se diz ser mui leal
e heróica.
Se o policiamento do Rio
de Janeiro quer continuar a olhar-se no espelho, deve encontrar o assassino do
integrante da Força Nacional que ali
viera para proteger a nós todos, inclusive aquele que estupidamente o matou. Essa pessoa deverá ter toda a atenção que a
vítima não teve. Mas deve também, se determinado inequivocamente o fato, ser
presa, interrogada, julgada e condenada. Disporá então de todo o tempo para
pensar no que fez, e arrepender-se pela sua ignominiosa atitude.
( Fonte :
internet )
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