João Santana, o marqueteiro do PT e de outras praças
mais - até de Angola, onde o eterno presidente José Eduardo dos Santos, que a
dizer verdade não carece de marqueteiros, eis que na antiga colônia portuguesa
a apuração é caso de polícia, sendo proibidas quaisquer intromissões do
eleitorado. Na ditadura angolana, terá juízo quem aceita a popularidade do presidente. Assim,
marqueteiro para tal eleição é só pr'a inglês ver... - nos vem agora a estória
para boi dormir de que não sabe a origem dos US$ 7 milhões que encontrou na sua
conta...
É irrespondível a pergunta colocada por
Merval Pereira na sua coluna hodierna: "É crível que um sujeito que tem o
apelido de Patinhas desde a
adolescência seja desligado de dinheiro a ponto de não saber quem depositou US
7,5 milhões em uma conta sua?"
O marqueteiro, por ora, está tentando
vender para os procuradores da Lava-Jato - junto com a esposa Mônica Moura - a
estória que não sabia que tinha que declarar os ganhos no exterior e que não
podia ter "contas secretas".
Segundo ainda o colunista, tentando
safar-se da acusação mais grave de lavagem de dinheiro, o casal - Santana e a
esposa, Mônica Moura - admite caixa dois
e jogam em cima da Odebrecht toda a culpa pelas irregularidades.
A interpretação do colunista é a de que,
até o presente, o marqueteiro e a esposa protegem claramente a Presidenta. No
entanto, o seu testemunho perde a credibilidade diante das seguintes
assertivas: "nunca manteve qualquer contrato com o poder público no
Brasil" e que "eventuais serviços prestados para o governo federal se
deram a título não-oneroso".
Segundo a Receita Federal, seu
patrimônio cresceu mais de cinco mil por cento, de 2004 a 2014. Hoje teria R$
59,12 milhões (2014). Em 2004 tinha cerca de R$ 1 milhão. Já o patrimônio da
mulher (e sócia) Mônica Moura é orçado em R$ 19,5 milhões em 2014 e cerca de R$
58 mil em 2004.
Consoante prevê o articulista M.Pereira,
Zwi Skornicki deve depor em futuro próximo em Curitiba, "e pode acabar de vez com essa farsa".
Segundo especula Merval "o lobista não atuou nesse mercado de corrupção
por interesses ideológicos ou partidários, mas apenas para fazer
negócios." Nesse sentido, prevê que "um bom negócio para ele agora
será uma delação premiada".
Também a mulher de João Santana,
com as suas "revelações" - segundo especula Merval Pereira - talvez force
a Odebrecht a pronunciar-se: "ou persiste na sua posição de que não faz
esse tipo de atuação criminosa (...), ou sairá do episódio com a imagem de uma
empresa metida em corrupção em diversas partes do mundo."
De toda maneira, a circunstância
de que o marqueteiro João Santana tenha caído nas malhas da lei tampouco traz
bons presságios para o governo de Dilma Rousseff, cuja situação já dispensaria
esse imprevisto adendo. Pois, segundo assevera o colunista, "no mercado
publicitário há quem afirme que João
Santana recebe cerca de R$ 1 milhão por mês para assessorar a presidente
Dilma".
( Fonte: O Globo, coluna de M. Pereira )
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