A subida do nível do mar
No passado, quando se
falava de alça do nível do mar, vinham a baila, entre outras questões locais,
Veneza e o problema da Laguna, a técnica dos holandeses em manter à distância,
através de complexos recursos, as águas do Atlântico.
Hoje, não mais. O problema não está
nos caprichos de eventuais tempestades no Mar do Norte, e na questão específica
de salvar Veneza do tráfico desestabilizante dos enormes navios de cruzeiro.
A questão não é mais local, nem se
deve a fatores específicos, próprios da conformação de determinados países ou
cidades. O problema agora é geral.
O aquecimento dos mares - que é
consequência do efeito estufa produzido pelo gás carbônico - e que, por
conseguinte, é um fenômeno geral, de responsabilidade direta do bicho homem.
Estamos contribuindo para a elevação na temperatura nos mares e na terra. Tal
se deve precipuamente ao gás carbônico da queima do carvão energético na China,
nos Estados Unidos, nas termelétricas com que Dilma nos teria presenteado, nas
descargas dos voos internacionais, na irresponsabilidade de determinados países
(China, Brasil, entre outros) e na universal tendência de que o esforço
responsável esteja a cargo dos outros e não de nós.
Mãe-Terra nos proporcionou, por um
feliz conjunto de circunstâncias, que seja um espaço habitável, e com razoáveis
condições de vida nesse planeta, que é apenas uma poeira desimportante na
imensidão das galáxias.
Hoje em dia fizemos alguns
progressos na luta pela manutenção dos eco-sistemas e por buscar assegurar uma
boa qualidade existencial.
A burrice, a ganância, a má-fé e a
santa ignorância são fatores presentes em todos os países. Já desmatamos uma
boa parte de nosso país, e estamos transformando e não para o bem, vários
cenários naturais.
Países mais adiantados do que nós
têm lutado por tentar manter os respectivos eco-sistemas. Dado o nível
educacional, o controle do consumo do combustível fóssil pode ser maior e mais
eficaz nesses países, e por conseguinte nos espaços por ele ocupados.Muitos dos
nossos problemas têm a ver com a educação das populações respectivas, e muitos
dos fenômenos devastadores da derrocada climática poderiam ser controlados de
modo mais eficiente se houvesse interação global.
Os mares, em consequência da
elevação da temperatura da terra - como está comprovado pelos estudos
científicos - apresenta um nivel que cresce a cada ano. Reportagem do New York Times anuncia que essa alta é a
maior em 28 séculos. Para que se tenha ideia do tempo consumido, Roma que
caminharia para fundar um império e uma civilização, era apenas um lugarejo...
O que as pessoas esquecem é a
circunstância de que enchente de alguns poucos centímetros pode tornar
insustentável a existência em determinadas localidades. Há detalhes - e o
perigo está muita vez neles - como a cheia regular de um braço de mar vizinho
que invade as cidades litorâneas e as torna, com o tempo, inabitáveis, pelo
estrago nos terrenos e campos de cultivo, pela sua salinização com os seus
efeitos.
Recordo-me haver visto - e faz
tempo! - um filme que se passava na antiga Manhattan, que não era mais aquela
ilha cosmopolita, mas sim um conjunto de elevações cercadas pela água do rio
Hudson e do mar do Norte, enquanto grupos de malfeitores, com os respectivos
botes e lanchas, dominavam o que restava da antiga metrópole...
Com o efeito estufa, a
utilização intensiva dos combustíveis fósseis, o laissez-faire (deixem fazer) das populações atuais e o seu nível de
cooperação (nisso incluídos os políticos demagogos que acabaram com as matas
ciliares nos rios em vários estados desses Brasis, como em Santa Catarina,
norte fluminense, e por aí afora, numa bela demonstração dos poderes nefastos
da ignorância, sobretudo se metida em altos poleiros) o futuro do meio-ambiente
no Brasil (e também no mundo) não está nada brilhante, pois, com pouquíssimas
exceções, o egoismo burro impera.
Baixaria
Republicana
O Globo, em chamada de primeira página, noticia
que a Polícia Federal abriu inquérito para investigar o envio de dinheiro pelo
ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso à Mirian Dutra no exterior, uma repórter
da Globo com que FHC teve relacionamento amoroso.
Lembrado da expressão de que as ex são eternas, pode-se fazer um
esforço para tentar entender tal providência - que havia sido preanunciada há
dias atrás pelo Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, para assistência
compreensivelmente surpresa, dada a gritante jogada de que se Lula da Silva, o
ex-presidente e figura tutelar da Administração Dilma Rousseff está envolvido
em questões judiciais como é de conhecimento público, então como resistir em fabricar a eventual coincidência jurídica, revivendo,
por jogada política, antiga questão relacionada com o ex-Presidente Fernando
Henrique Cardoso, pessoa que respeito, e que desde os tempos do regime militar não tinha esse
gênero de problema ?
A jogada é tão óbvia que faz pena.
( Fontes: The New York Times, Folha de S. Paulo, O
Globo )
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