Segundo informa O
Globo, documentos apreendidos pela Polícia Federal no escritório do
pecuarista José Carlos Bumlai (e o
único a ter passe livre para entrar
no gabinete presidencial, além da esposa, d. Marisa), em Campo Grande ( MS ) corroboram
a tese de que ele pagou parte da reforma no sítio de Atibaia, utilizado amiúde
por Lula da Silva.
Uma planilha com lista de
fornecedores do pecuarista inclui o nome da empresa Fernandes dos Anjos &
Porto Montagens de Estruturas Metálicas, vinculado a pagamentos no montante de
R$ 550 mil. Em depoimento ao MP de São Paulo, um representante da Fernandes dos
Anjos afirma ter recebido R$ 40 mil de Bumlai por serviços na reforma do sítio.
A força-tarefa da Operação Lava-Jato
e o MP paulista tentam identificar os responsáveis pela reforma do sítio, que
pertenceria a dois sócios de um dos
filhos de Lula: Fernando Bittar e Jonas Suassuna. O local é usado com
frequência pelo ex-presidente (teria visitado o aludido sítio 111 vezes).
Segundo refere O Globo, o documento que cita a Fernandes dos Anjos foi apreendido
em novembro de 2015, na 21ª fase da
Lava-Jato. Faz menção a dois pagamentos à empresa: sem citar datas, o primeiro
de R$ 455,3 mil e o segundo, de R$ 94,6
mil, sem citar datas.
Assinala-se
que tal documento está anexado a um dos processos em que Bumlai é acusado de
corrupção e lavagem de dinheiro por causa
de empréstimo forjado de R$ 12 milhões, contraído em seu nome. O objetivo era permitir ao PT o repasse de propina de um fornecedor da
Petrobrás.
De acordo
com reportagem do jornal "O Estado
de S. Paulo", as escrituras de compra e venda do sítio em Atibaia
mostram que o negócio foi formalizado em 29 de outubro de 2010, no escritório
do advogado Roberto Teixeira,
compadre de Lula. O imóvel custou R$ 1,5
milhão, dos quais cem mil foram pagos em espécie.
Pelas
escrituras, o negócio foi formalizado no 19° andar de um edifício de
escritórios na rua Padre João Manuel, no bairro dos Jardins, em São Paulo. Este
é o endereço do escritório de Teixeira,
que é amigo de Lula desde os anos oitenta e padrinho de Luis Claudio, o filho
caçula do ex-presidente.
Ontem, quatro
de fevereiro corrente, o ex-Presidente Léo
Pinheiro compareceu a Curitiba, onde corre a maior parte dos processos da
Lava-Jato, para prestar depoimento na investigação
sobre a participação da empreiteira OAS na compra de móveis planejados da Kitchens,
loja de alta qualidade especializada em ítens de cozinha, entregues no sítio de
Atibaia e também no triplex que estava reservado para a família Lula no
edifício Solaris, no Guarujá (SP).
Anteontem, o
"Jornal Nacional" mostrou
que a compra de ítens de cozinha para o sítio e para o triplex, em 2014, foram
realizados na mesma loja em São Paulo. Segundo investigadores, foi possível
identificar que o pagamento foi feito
pela empreiteira porque, nas duas compras, o negócio foi fechado por Gordilho.
Responsáveis
por retirar móveis do tríplex do Guarujá, após o caso vir à tona,
representantes da empresa de transportes Granero devem ser chamados a prestar
esclarecimentos à força-tarefa da Lava-Jato
nos próximos dias. O promotor Cássio Conserino intimou Lula da Silva e sua esposa, dona Marisa, a prestar depoimento na
quarta-feira, dia dezessete de fevereiro.
( Fontes: O Globo, O Estado de S. Paulo )
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