A corrente vantagem da linha
conservadora vai depender da proposta de Obama, ou de quem vença os comícios de
novembro próximo. A atual paridade pode evoluir para uma prevalência do lado
liberal, invertendo-se a presente relação de forças.
O Presidente Barack Obama ainda tem
cerca de 340 dias de mandato. Está no seu último ano como Presidente, eis que
constitucionalmente não pode mais reeleger-se.
O Senado é o órgão congressual
constitucionalmente habilitado a decidir sobre a indicação do Presidente para
suceder a Antonin Scalia. No momento, por força da última eleição parcial, os
republicanos, liderados por Mitch McConnell (Kentucky) tem maioria no Senado.
Nesse sentido, o GOP já tenta
pressionar Obama a não apresentar candidato para o Supremo, mas o Presidente
não deve concordar com tal proposição.
Não obstante, se Obama apresentar candidato
liberal para suceder ao conservador Scalia, o mais provável é que os
republicanos rejeitem a proposta do
Presidente, ou procurem, através da respectiva maioria, ganhar tempo, até que a próxima eleição (que será em
novembro do corrente ano) decida a situação. Na hipótese de os democratas
ganharem o pleito para Presidente, as condições mudam. Se o candidato
republicano vencer, o Senado - se o GOP
mantiver a maioria - aguardará a posse do novo Presidente, para então receber a
sua indicação para o Supremo.
Por conseguinte, apesar de faltar na
prática um ano para que o sucessor de Barack Obama tome posse, por ora é
imprevisível o panorama político com que lidará o futuro presidente, o que deixa
em aberto quem será (e qual a sua tendência - se progressista ou conservador) o
Juiz-Associado que deverá ocupar a curul do ultra-conservador Antonin Scalia.
( Fonte: The New York Times )
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