Leitor amigo, está convidado a passear pela primeira
página dos jornalões de hoje.
Leonardo Picciani, que perdera faz pouco
a liderança do PMDB, e com isso se relançara o processo do impeachment, sendo escolhida por voto secreto, comissão especial
contra Dilma, reage agora, e é carregado como líder pela mesma bancada
peemedebista. Nisso teve o entusiasta apoio das legiões de Dilma Rousseff, e
até do Ministro da Saúde, Marcelo Castro, que deixou o cargo por um dia -
apesar de seu empenho na batalha contra a zika e a dengue - para sufragar a causa
do governo.
Sem ajuste fiscal, e alegando 'falta de
credibilidade', a Standard & Poor's rebaixa de novo Pindorama - aquela
mesmo que, por primeira, nos retirara o selo de bom pagador em 2015 - empurrando
para mais baixo a nota de crédito, que agora está a dois degraus do selo de bom
pagador.
Em frente do fórum da Barra Funda, em São
Paulo, conforme documenta a Folha,
onde o ex-presidente Lula da Silva prestaria depoimento - suspenso na vigésima
quinta hora pelo Conselho Nacional do Ministério Público - se enfrentaram a
turma da CUT e grupo crítico do
ex-presidente e favorável ao impeachment.
A vítima do embate foi o boneco Pixuleco, lapidado pelos
sindicalistas. Havendo os simpatizantes dessa criação inflável tentado pô-lo de
novo em condições, os bonés vermelhos, ironicamente, se lançaram contra o seu
ídolo, que não desejam mais ver cheio de ares e de aparente vida. Nesse
ínterim, interveio a força pública.
Considerando que a proteção dada pela
Força Pública de São Paulo, que tentava impedir o ataque a pedradas contra o
Pixuleco, feria o seu direito de manifestar-se, o grupo sindical de
simpatizantes lulistas, não trepidara em lançar-se contra a imagem do seu
próprio havido grande líder.
Tudo ocorria nas vizinhanças do Fórum de
São Paulo. A suspensão do depoimento do ex-presidente Lula pelo MP determinada
pelo Conselho Nacional do Ministério Público fora provocada pelo deputado
petista Paulo Teixeira que ingressara com
o questionamento no CNMP.
O que diz o promotor Cassio
Conserino? Não há ilegalidade
alguma na atuação deles porque resolução do próprio conselho diz que
poderiam investigar as suspeitas sobre o tríplex até o momento em que
apresentariam denúncia, isto é, a acusação formal.
Por outro lado, o Globo noticia que o caseiro do sítio de Atibaia, frequentado por
Lula, forneceu à polícia o telefone celular de Cristiano Zanin, advogado do
ex-presidente, como contato do proprietário do imóvel. De resto, para isso fora
colocada, por especial cortesia da OI,
uma torre para ligações de celular, nas cercanias do sítio de Atibaia.
Mas as primeiras páginas não estampam só
notícias ruins. Há também péssimas, como a vergonha que os cariocas (naturais e
adotivos) devem sentir se turista argentina de 25 anos é atacada por ladrões na
praia de Copacabana, na madrugada de ontem, e morre por covarde facada no tórax.
O seu crime: passear com algumas amigas nas areias da Princezinha do Mar, em
tardas horas.
Por fim, a notícia boa. Faz tempo, a
excessiva preocupação com a justiça exigia que os réus no Brasil só fossem
presos se condenados em última instância. Esse jurisdicismo acabava descambando
para a esdrúxula proteção ao acusado, mesmo que manifesto o próprio crime. O
excessivo formalismo funcionava, ao cabo, como protetor, não da vítima, mas do
criminoso. Agora, por fim o STF acordou,
decidindo que condenados devem ser presos após sentença confirmada em segunda
instância e não apenas depois de esgotados todos os recursos judiciais.
( Fontes:
O Globo, Folha de S. Paulo )
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