Filho de Lula recebe sem trabalhar
Alvo da Operação Zelotes, Luis Cláudio Lula da Silva, filho
de Lula, recebeu do Corinthians cerca de R$ 500 mil entre 2011 e 2013,
sem ter desempenhado funções no clube.
Quem foi o
padrinho desse felizardo? Segundo afirma a Folha, na página Poder, foi Andrés
Sanchez, hoje deputado federal pelo PT e na época Presidente do Corinthians,
quem garantiu a entrada de Luis Cláudio na equipe, quanto sua volta ao time
como empresário. A respeito, Sanchez declara que o filho de Lula foi
contratado a pedido do técnico (Mano
Menezes).
Essa versão,
no entanto, não é confirmada pela
assessoria do treinador, que afirmou que "foi uma indicação do clube à área física e que o treinador
aceitou".
Time de Lula,
o Corinthians foi o primeiro cliente da carreira de empresário de marketing
esportivo de Luis Cláudio, iniciada com a criação da empresa LFT, em 2011.
Antes ele atuara como auxiliar de preparador físico na equipe de Mano. Ele deixaria o posto de auxiliar em julho de
2010, com o argumento de queria ser técnico e não via espaço no Corinthians (sic).
Voltaria
menos de ano depois, em função diferente: responsável por prospectar patrocínios ao esporte amador. Antes com
carteira assinada e salário de R$15 mil, ele voltou em 2011, com a renda
incrementada para R$ 20 mil mensais, por quase dois anos, até 2013.
Em relação à
contratação de Luis Cláudio, Sanchez disse que ele "ficou catorze meses
para montar o time de futebol americano e tentar captar recursos para esportes
amadores e saíu para montar e se dedicar à (própria) liga".
Apesar de ser
o dono do campeonato da modalidade, o Touchdown, o responsável pelo time do
Corinthians na competição, Ricardo Trigo, diz que nunca contou com os serviços
de Luis Cláudio e que a equipe existe desde 2006.
A LFT, a
referida empresa de marketing esportivo fundada por Luis Cláudio, é investigada
por receber R$ 2,4 milhões do lobista Mauro Marcondes, preso sob acusação de
comprar medidas provisórias para favorecer montadoras.
Jonas Suassuna, empresário,
sócio de Lulinha, e um dos proprietários do sítio em Atibaia, teria sido
beneficiado por lei firmada por Lula, em maio de 2010, que estimulou nova linha
de negócios.
Com
efeito, a aludida Lei obriga a todas as instituições de ensino, tanto públicas,
quanto privadas a possuirem, até 2020, pelo menos uma biblioteca com no mínimo
um título por aluno. A coleção pode
existir "em qualquer suporte", abrindo dessarte margem para
bibliotecas virtuais.
Como
assinala o artigo da Folha, meses
depois da lei, o empresário em tela - que em 2009 virou sócio do filho do
presidente, Fabio Luis, o Lulinha, na
firma de jogos eletrônicos Gamecorp, criou a plataforma virtual "Nuvem de
Livros", que poderia ser usada permitir que escolas pudessem ter acesso a
uma biblioteca virtual e assim, se achassem em condições de cumprir a
legislação.
Sanders versus Hillary
A curto
prazo, não se afiguram muito promissoras as perspectivas de Hillary Clinton em New Hampshire. Depois do virtual empate em
Iowa, Bernie Sanders - que antes já era previsto como favorito nesse pequeno
estado da Nova Inglarerra - parece dispor de um cenário bastante favorável.
Hillary, apesar de declarada candidata subscrita pelo jornalão The New
York Times, vê crescer um adversário a que antes via com certa tranquilidade.
O
Senador Sanders parecia reunir vários defeitos insanáveis, e de início por ser
simpático ao socialismo, o que é (ou era) anátema para grande número de
americanos.
O
rival de Hillary cresceu entre o eleitorado jovem com a promessa de tornar gratúitas as
universidades públicas e de refinanciar dívidas com ensino. Assinale-se que o endividamento estudantil
monta a US$ 1,2 trilhão e concerne a 45 milhões de pessoas.
A longa corrida das prévias pode reservar ambíguo
desafio para candidatos como Hillary - que goza dos benefícios, mas
também dos malefícios de ser largamente conhecida do público. Não importa que
tal conhecimento venha de importantes contribuições e intentos quando na vida
pública - seja como Primeira Dama (quando patrocinou projeto de reforma da saúde que é
dita por muitos como superior à atual, patrocinada por Obama). Tampouco importa que o GOP tenha boicotado a sua
tentativa - as desconfianças perseguiram a então Primeira Dama, cujo desígnio
foi derrubado por uma aliança dos republicanos com as grandes firmas e associações
interessadas no statu quo da assistência sanitária de então.
Hillary (e o próprio marido, que fora contra a sua desistência da nomination, já ao final da massacrante
campanha das primárias, ao reconhecer a vantagem de Barack Obama) ora tem pela
frente um candidato que está mexendo com
os anseios da juventude e de outras franjas do eleitorado.
Em um
cenário que não lhe é objetivamente favorável,
a ex-Senadora por New York semelha enfrentar luta partindo de baixo,
contra um político que depois de decênios de obscuridade, tornou-se o
catalisador das minorias. Ser carimbada como experiente e encarnação do
establishment pode tornar-se para ela uma camisa de Nesso. De qualquer forma, Hillary Clinton não alimentará dúvidas quanto
à importância desse atual cenário para o futuro da sua candidatura.
( Fontes: Folha de S.
Paulo, The New York Times, Junito Brandão- Dicionário Mítico-Etimológico (II) )
Nenhum comentário:
Postar um comentário