sábado, 1 de junho de 2013

Pif Paf (IV)

                                               
 Decadência do Rio ?

             Ai daquele que em terra carioca, precisar recorrer a serviços de utilidade pública. No Globo de hoje, se noticia que permaneceram fechados,durante o último feriado,  locais de atendimento urgente da polícia e da Justiça.
             Valendo-se de discutível criação brasileira,a Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima, no Centro, a Delegacia Especial de Atendimento à Pessoa da Terceira Idade, e o Juizado da Infância e Adolescência fecharam ontem – que ninguém é de ferro! – por força do diáfano véu do ponto facultativo.
              O ponto facultativo é a hipocrisia levada ao cúmulo, eis que as repartições estão fechadas. Não se ‘faculta’ portanto ao funcionário – que seria considerado ‘caxias’ -  que deseje trabalhar. Na verdade, e com crescente desenvoltura -  foram até dados pelo poder pontos facultativos que, na realidade, constituíam questionáveis artifícios para influir no resultado de eleições – o que, sem qualquer escrúpulo quanto à efetiva admissibilidade da medida burocrática, se manda para as urtigas o caráter de necessidade pública do serviço,  só para enforcar dias laborais,espichando os fins de semana.  


  Libertos os réus da Kiss      

                Os desembargadores do Tribunal de Alçada de Porto Alegre, por unanimidade,  liberaram os quatro réus do incêndio da Boite Kiss, em Santa Maria.
                 Foram vistos sorridentes aqueles que se logrou documentar na hora de sua saída da prisão preventiva. Os juízes do segundo nível judicial consideraram demasiado o tempo de encarceramento, chegando a justificá-lo por falta de maior periculosidade.
                  Se tal critério é para dizer o mínimo assaz questionável – e se esses senhores fugirem para o estrangeiro, valendo-se da porosa fronteira no Sul ? – e manda mensagem que a boa gente de Santa Maria, que nesse criminoso incêndio, perdeu 242 jovens vidas decerto não merecia.
                  Será que tantos mortos não mereceriam maior respeito ? 
                  Seria de todo interesse que o colendo Ministério Público demonstrasse a necessária presteza para interpor o indispensável recurso. E se pede de forma encarecida e com todo o respeito que os excelentíssimos senhores desembargadores acolham o pedido – a ser encaminhado – pelo referido Ministério Público de que reconsiderem a sua decisão. Toda Santa Maria agradeceria.
                  E se evitaria o que, v.g., aconteceu com o habeas corpus concedido por decisão liminar do então presidente do STF, o Ministro Gilmar Mendes ao ex-médico e especialista em reprodução humana, Roger Abdelmassih, que estava preso, condenado em primeira instância por 56 estupros de mulheres, que haviam pensado valer-se de seus serviços médicos. Liberado pelo Ministro Gilmar Mendes,  Abdelmassih fugiu em princípios de 2011, supondo-se que se tenha refugiado no Líbano.      

 
A Foto no Herald Tribune

                Há uma certa contradição na foto publicada, presumivelmente pelo New York Times, e reproduzida no International Herald Tribune. Nela três ativistas do grupo Femen,  famoso pelas suas jovens mulheres que irrompem para protestar politicamente em cerimônias públicas com os peitos nus, aparecem ou com t-shirt, ou com os tórax cobertos por braços cruzados.
                Da esquerda para a direita, contemplam sérias a câmera do fotógrafo as ativistas da Ucrânia Sasha Shevchenko, Anna Hutsol e Oksana Shachko.
                Os protestos do grupo Femen têm aparecido em diversos países (Alemanha, em feira comercial, com a presença de Putin, Brasil, na orla de Copacabana no Rio de Janeiro, sem falar de seu país de origem, a Ucrânia cujo regime mantém presa a ex-primeiro ministro Yulia Timoshenko).
                O que torna a foto digna de nota é a circunstância de aparecerem sem a marca registrada da respectiva nudez toráxica, o que se deverá muito provavelmente à imposição do veículo divulgador, a que o grupo acedeu, por contingência de exposição pública.

 

 
( Fontes:  O Globo,  International Herald Tribune )    

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