O Chavascal Sírio
Uma insinuação do ditador Bashar al-Assad em entrevista televisiva reforçou suspicácias de
que a Rússia já transferiu parte dos misseis
S-300 (de alta sofisticação no combate anti-aéreo) para o seu aliado sírio.
A dita
entrevista foi dada ao canal de tevê al
Manar do Hezbollah. O que disse o bom e grato aliado das milícias do clérigo Hassan Nasrallah ? Antes e esclarecê-lo, semelha oportuno assinalar que o Hezbollah é um movimento xiita libanês, inimigo jurado de Israel, e cuja relevância no contexto da antiga – hoje apenas um quadro na parede – Suiça levantina continua a crescer, por especial gentileza de Teerã e da própria atribulada Síria alauíta.
Pois o presidente Bashar disse: “Estamos negociando com os russos acerca de muitos tipos de armas. A Rússia está comprometida nesse acordo, que foi assinado anteriormente. Tudo o que foi nele acordado será cumprido, e uma parte deste acordo com a Rússia já foi atendida.”
Tal fornecimento desse armamento se choca com a pretensa seriedade do governo Putin de agilizar a condução de negociações de paz do regime alauíta sírio com a Liga Rebelde. A pretensa conferência, a realizar-se em junho em Genebra, foi aceita de forma aparentemente confiante pelo novo Secretário de Estado John Kerry.
Há importante batalha em curso na cidade de Qusair, em que o exército sírio, secundado pelo Hezbollah, estaria levando vantagem sobre os rebeldes. Dada as implicações deste centro urbano para a rota de Damasco em termos de provisão de armas, a sua queda para as forças de Bashar sublinharia uma tendência favorável para a ditadura, tendência esta que tem sido reforçada nas últimas semanas.
Existe clamorosa contradição no apoio determinante ao regime sírio – fornecendo-lhe um sistema de mísseis que é visto como ameaça à própria segurança por Israel - e dar a impressão de achar-se empenhado numa conferência de paz entre Bashar e a liga rebelde. Não foi por acaso que o ministro do Exterior russo, Sergei Lavrov, apodou de ‘histérica’ a Hillary Clinton, e ora festeja o novel Secretário de Estado John Kerry. Por quanto tempo tal estado de coisas há de perdurar?
Pelo visto, dado o usual intercâmbio de informações entre unidades da mesma Administração, não por muito. Em Washington, Caitlin Hayden, a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, declarou: “ São bem conhecidas nossas preocupações a respeito do continuado apoio da Rússia para o regime sírio por meio de fornecimento de armas e acesso aos bancos russos.” Nesse sentido, aditou: “Dar armas adicionais para Assad – inclusive sistemas de defesa anti-aérea – só irá prolongar a violência na Síria e criar condições para o favorecimento da desestabilização regional”.
Batizado 1998QE2
o asteroide passará a ‘apenas’ 5,8 milhões de km da Terra, ou cerca de quinze
vezes a nossa distância da Lua.
Esta grande
rocha tem um tamanho respeitável, eis que é mais ou menos a metade do asteroide
cujo choque com a Terra provocara a extinção dos dinossauros, segundo informa Fernando Roig, astrônomo do Observatório
Nacional.De acordo com a NASA, a atual aproximação com a Terra será a maior no cenário dos próximos dois séculos. A passagem dessa rocha deve efetuar-se no correr desta tarde de 31 de maio.
Robôs armados representam Ameaça ?
O
relator-especial das Nações Unidas sobre Execuções extrajudiciais, sumárias ou
arbitrárias, Christof Heyns,
recomendou ao Conselho de Direitos Humanos que estabeleçam um comitê-executivo
(panel) para relatar sobre avanços no
desenvolvimento de “autônomas robóticas letais”, com vistas a avaliar se a
legislação internacional é adequada para
o controle do uso respectivo.
No entender
do relator se imporia no presente a
moratória global nos testes, produção e emprego de robôs armados que
podem selecionar e matar alvos determinados sem
controle humano (meu o grifo).Segundo informa o Mr. Heyns, nenhum país usa tais armas, mas a tecnologia respectiva já é disponível ou em breve o será. Nesse contexto, os Estados Unidos, o Reino Unido, Israel e a Coréia do Sul utilizam tecnologias que são vistas como precursoras a sistemas armados com autonomia plena.
O relator-especial externou a própria preocupação em que desenvolvimentos ulteriores conduzam à situação que depois seja ‘muito difícil’ reverter.
Ao examinar tal questão, o observador há de pensar no papel atualmente desempenhado pelos ‘drones’, aviões robô controlados à distância por humanos americanos. Para o amador na matéria, os ditos ‘drones’ seriam acaso precursores dos ‘robôs letais e autônomos’ ?
(*) ponte,
no caso, nada tem a ver com a frase e peça teatral ‘panorama visto da ponte’. A
referência é à prática brasileira e, em especial, carioca de servir-se de
feriados e até pontos facultativos para ‘construir’ pontes na semana. No
passado, isto se chamava enforcar um
dia intermediário entre o feriado e fim de semana (ou começo de semana), para
proclamar a dita ‘ponte’. Refletindo tendência hodierna para inventar
feriazinhas tem sido um fator não-negligenciável na perda de dias laborais, na
decadência econômica da antiga capital, hoje estado da Guanabara, e até em
mecanismo de dúbia criatividade para assegurar a vitória em pleitos eleitorais
assaz renhidos.
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