segunda-feira, 20 de maio de 2013

Pif Paf (III)

                                            
Ministério Dilma: Vale quanto pesa?

       Como o leitor não desconhece, o Ministério Dilma Rousseff não para de crescer. Sem embargo, a imagem mais adequada seria a da inchação, que dá uma impressão mais próxima da realidade de um organismo que pesa, mas não é saudável.
      Com gorduras inúteis que sobrecarregam um corpo executivo, esse ministério é uma triste imagem – que nada  tem de metafórico, eis que se faz sentir e muito, nos gastos da União.
      O objetivo anunciado da formação desse descomunal ministério – que inexiste nos países do circuito Elizabeth Arden, mas aparece amiúde nas nações do terceiro e mesmo quarto mundo – é o de reforçar a chamada base de apoio parlamentar. Essa base, que é uma herança do Governo Lula, posto que muito mais alentada nos dias que correm, constitui um verdadeiro enigma no capítulo de sua serventia. Já não falo de sua ação nas áreas da respectiva competência, mas sim nas horas em que a onça vai beber água nas votações importantes do Congresso.
      Com estranhável assombro, o cidadão se dá conta de que a tal distribuição dos cargos de cada pasta – e são trinta e nove no momento ! – é apenas um começo de conversa. Nas horas determinantes, surgem líderes que não encaminham votações, mas sim muita vez fazem cobranças que pela ênfase e insistência mais se assemelham às exigências de alguém que não se sente no mínimo obrigado por seu dispor desta e daquela pasta. A cada vez, portanto, nesse lunático esquema, tudo precisa ser renegociado, como se em vez de parceiros fossem comissários de forças, que nunca se lembram das pretéritas benesses, e consideram cada votação uma nova distribuição de cartas, que devem ser pagas como se fora a primeira vez.
     Para que se tenha ideia do ônus trazido por este estranho engonço, inventado por Lula da Silva, e muito aumentado pela sua discípula, esse ministério de tantas inúteis e redundantes secretarias, custa para a União a bagatela de R$58,4 bilhões, para manter esse imenso poleiro em que se abancam ministros, secretários de estados, secretários gerais e secretários executivos, além dos chefes de departamentos e todos os aspones a que julgam ter direito.
     Fala-se no brutal aumento causado pelo PT e suas ávidas alianças para a máquina pública federal. São os gastos correntes, cujo peso orçamentário avulta pela sua falta de flexibilidade. Uma vez concedidos, ei-los enquistados na instrumentália governamental.  Agora, se realmente produzissem, o custo implicado seria menos sentido em todas as obras e serviços que deixam de ser feitos pela absorção compulsiva de tantos cargos expletivos no quadro geral da nação.
     A conta para a União de toda a máquina pública federal atinge a R$ 377,6 bilhões, o que é superior,  vejam só, ao PIB de países médios como o Peru ou o Marrocos...


O Governo Alckmin e os arrastões  

      O sucesso da 9ª Virada Cultural em São Paulo atraíu igualmente a bandidagem. Em consequência dessa imprevista adesão, um jovem de dezenove anos, ao reagir a um assalto, morreu com um tiro na cabeça. O resumo dessas ações não se resume à perda de uma vida: três outras pessoas foram baleadas, e sete esfaqueadas.
        A reportagem da Folha flagrou onze arrastões. Para esse primeiro grande evento da Administração Fernando Haddad, o próprio prefeito reconheceu o aumento do número de ocorrências.
         Desde algum tempo, que os arrastões em bares e restaurantes infernizam a vida do paulistano. Em geral, os bandidos atuam com desenvoltura e sem serem importunados pelos agentes da ordem (a cargo do governo estadual). 
         Tem-se de admirar os frequentadores desses eventos. Querem divertir-se, e para tanto correm riscos de não pequena monta. Será tão difícil, assim, controlar uma festa desta natureza, em que as atrações tem hora e lugar marcados ? Ou será que preferem aguardar que a casa seja arrombada, para depois investi-la ?


Aumento da Criminalidade no Leblon

         As intermináveis obras do metrô criam muitos transtornos para a coletividade. Apesar de marcada para reabrir no fim do ano, a estação General Osório muito provavelmente aguardará ainda um largo período para ser reativada.
         No entanto, o principal problema das obras para o metrô se concentra no Leblon. As calçadas, por força dos trabalhos, foram invadidas por tapumes, que as transformaram em estreitas sendas.
         A criminalidade não tardou a perceber a oportunidade aberta por essas paredes de madeira. Como se sabe, o oráculo de Delfos, quando perguntado pelos atenienses sobre que defesa adotarem contra os invasores do Grande Rei da Pérsia, recomendou as muralhas de madeira.
          Isso foi interpretado pelos próceres como o recurso à própria esquadra, que lhes valeu a primeira vitória contra a horda dos medas e dos persas.
           Não creio, no entanto, que a infinidade de tapumes levantados pela prefeitura venham a proporcionar triunfos sobre a criminalidade. Ao contrário, os meliantes se valem da visão reduzida nas calçadas, para atuarem com a conhecida desenvoltura que aumenta à noite.
          Nessas estreitas vias, os larápios e assaltantes podem atacar os transeuntes, com uma sensação de impunidade ainda maior do que a habitual. Pois, nas angustas passagens, ocultos contra a sua vontade, os moradores do Leblon tendo sido presa fácil da mala vita...

          Por quanto tempo ainda, senhor Eduardo Paes, tal situação continuará ?.

 

( Fontes: Folha de S. Paulo, O Globo, Globo on-line )  

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