Vaias e insultos
Dada a sua
peculiar situação, a FIFA, a par da cerimônia
de abertura com milhares de figurantes e as cantoras Claudia Leitte e Jennifer
Lopez, em duelo considerado mais anatômico, nada apresentou quanto ao
tradicional discurso dos chefes de estado e do presidente da Fifa. De certa
forma, poupou-se o público dos áridos discursos oficialóides que marcam tais
inaugurações.
Sem aviso pelos
alto-falantes, mesmo assim Dilma Rousseff colheu a parcela de vaias, insultos e
xingamentos, a despeito de sua aparição
no telão ter sido restrita (também com direito a apupos generalizados).
Surpreendeu aos
cartolas estrangeiros presentes que boa parte de tais manifestações hajam
incluído palavras de baixo calão, que ainda podem escandalizar os Platini da
vida, mas não os brasileiros.
Vê-se, por
conseguinte, que as tentativas dos funcionários do cerimonial, com o intento de
tornar a presidencial presença a mais discreta possível não logrou silenciar o
público, no seu direito de expressar o que pensa da Primeira Mandatária.
Nem tampouco
foi visto no Itaquerão outro Presidente, o popular Ministro Joaquim Barbosa,
que parece não ter mordido a isca presidencial...
Devemos agradecer a Nishimura?
Malgrado os
reclamos de Felipão, o japonês foi mais severo com a seleção canarinho do que
com os croatas, em matéria de cartões.
A seleção,no
entanto, carece de alguns consertos, eis que esteve muito aberta e um tanto
confusa na defesa. Em Copa do Mundo, não há passeios, porém se pensava que o
élan da Copa das Confederações daria a tônica...
O Iraque vai resistir?
Que o exército iraquiano tenha dado o vexame
do velho recurso de ‘pernas p’ra que te quero ?’, e fugido diante da avançada
da milícia sunita não surpreendeu funcionários americanos, segundo consta.
Por outro
lado, o grã-ayatollah Ali Sistani, a maior autoridade clerical xiita no Iraque,
veio nesta sexta-feira (que é o dia santo para os muçulmanos) encarecer à
comunidade xiita que ajude a luta do Governo contra a milícia sunita (que se
apossou de boa parte do território iraquiano).
Além disso, o
aliado iraniano (do governo Maliki) terá enviado destacamento de Guardas
Revolucionários para respaldar a administração xiita.
Como a
oposição da minoria sunita se fundamenta sobretudo como reação ao tratamento
que lhe é dispensado pelo gabinete do xiita Nouri al Maliki, uma perspectiva
válida para a manutenção do Iraque na sua atual conformação dependeria de
postura mais abrangente de parte do Primeiro Ministro.
Se persistir
na presente atitude, as perspectivas não se afiguram favoráveis para a
construção de uma comunidade em que haja lugar para xiitas e sunitas. Senão, a fragmentação do estado se afigura
inevitável, fragmentação de resto que os curdos – que colecionaram perseguições
durante o governo de Saddam Hussein – estão cuidando de reforçar, no que tange
à parcela curda do Estado iraquiano.
(Fontes: Folha de S. Paulo, O
Globo, New York Times )
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