quinta-feira, 26 de junho de 2014

Correio da Copa (XII)


                                         

       Ontem, no Grupo F, tivemos a vitória suada da Argentina (3X2) sobre a equipe nigeriana. Além das mesuras a Lionel Messi, dois fatores ajudaram os portenhos. A equipe africana é forte, mas não tem disciplina tática – o que, de resto, pode ser dito dos demais conjuntos da África. Por outro lado, a Nigéria de hoje em termos de futebol é apenas uma sombra do time que venceu o Brasil e a Argentina, conquistando a medalha de ouro olímpica.

       Por outro lado, como o resultado não comprometia a classificação dos nigerianos, os jogadores no segundo tempo até fizeram uma certa cera, eis que o resultado não interferia com a sua passagem para as oitavas de final.

       Quanto ao jogo entre Equador e França (Grupo E), a equipe equatoriana lutou muito (ficou no 0x0) e merecia melhor sorte. Chocou-se, no entanto, com a atitude anti-esportiva de E. Valencia, que recebeu (merecidamente) cartão vermelho no início do segundo tempo.

        O Equador não logrou sair do zero a zero, mas apesar de estar inferiorizado – inclusive no ataque – atuou com perigo.

        O juiz Noumandiez Doue teve atuação infeliz, prejudicando por mais de uma vez o Equador. A Fifa deveria ter mais atenção com as arbitragens. Escolher um árbitro da Costa do Marfim em um jogo da França não me parece escolha adequada. O principal estadista marfiniano, Houphouet Boigny (1905-1993), presidente da Costa do Marfim de 1960 a l993 era ligado visceralmente à França, tendo sido inclusive Ministro da Saúde francês, de 1957 a 1958.  Daí os laços desse país com a antiga metrópole.

        Hoje temos Estados Unidos x Alemanha (Grupo G). Os técnicos das duas equipes são alemães e velhos conhecidos – Jürgen Klinsmann, para o time americano, e Joachim Löw, para o conjunto teutônico.  Apesar de que os interessados negarem, há suspicácias no ar de eventual conchavo (no caso de um empate no jogo, os dois teams asseguram passagem às oitavas de final).    

        E, por fim, se aguarda a decisão sobre a famosa mordida de Luis Suárez. Patética a negação da realidade, tanto da mídia uruguaia, quanto do próprio capitão Lugano. A unanimidade – que segundo Nelson Rodrigues é burra – no caso se vê quebrada pelo "ídolo" do Maracanazo, o ponta Ghiggia que reconheceu a culpa do craque: “Uma punição poderia ser aplicada. É um absurdo.”

 

(Fonte:  O  Globo )

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