A Copa do
Mundo começa hoje com a partida Brasil x Croácia. Há muitas especulações sobre
os seus efeitos positivos, inclusive nas relações Brasil-Estados Unidos,
congeladas desde a divulgação por Edward Snowden das espreitas cibernéticas da
NSA nas comunicações do Planalto e da presidente Dilma, em especial.
É de esperar-se que os bons
vaticínios se cumpram, porque o imobilismo em diplomacia não interessa a
ninguém. Posturas antiamericanas são ditas renderem votos, mas muita vez o que
ganham em determinado setor, perdem, e com juros, noutro.
O que parece
fora de dúvidas, é que o governo do PT desperdiçou boa oportunidade de auferir respeito
internacional e subir de patamar, através da organização da Copa.
Porque,
salamaleques à parte, a propalada gerentona
falhou lamentavelmente na preparação da Copa. As doze sedes impostas por Lula
da Silva terão sido demasiado, em sete anos, para um país que, com Juscelino
Kubitschek levantara uma capital no despovoado interior em menos de cinco.
Malgrado
essa antiga proeza, não há negar que em termos práticos o Brasil perdeu boa
oportunidade de afirmar-se no plano internacional. Não mais como o país do
embaraçante jeitinho, mas com realizações concretas que servissem hoje ao
turista que nos visita por causa do grande evento, e, com vistas mais largas,
para o futuro, garantindo ao povo brasileiro aeroportos servidos por terminais
modernos e confortáveis, além das decantadas obras de mobilidade urbana.
Não engana a
ninguém encher a boca com elogios altissonantes a obras inexistentes,
substituindo a realidade incômoda e as falhas gritantes com frases ocas e
afirmações sem fundamento, como se se pudesse jogar sobre a incapacidade
efetiva de cumprir com metas determinadas, e através da retórica vazia
estabelecer como perfeito e acabado o que ficou pelo caminho, por força de uma
mistura negativa, em que corrupção, irresponsabilidade e falta de controle se
deram as mãos. Ou será que esse governo do lulo-petismo só sabe levantar
grandes obras no exterior, como o porto de Mariel, em Cuba?
Não se dissipa
a carga de país de Terceiro Mundo com a circunstância de sermos a sétima
potência econômica mundial. Até há
pouco, tínhamos galgado a sexta posição, mas o câmbio já nos fez ceder o que
ganháramos por alguns meses sobre o Reino Unido. Ao invés de avanços
estatísticos, o governo desperdiçou a oportunidade de avançar em ganhos
concretos, como em terminais confortáveis e modernos nos diversos aeroportos.
Com tapeações não transformamos a realidade. O sentimento da vergonha,
experimentado diante de mais um logro, é
reação da sopitada revolta do cidadão, comum ou não, defronte de
oportunidade que foi mais bem aproveitada em outras latitudes.
Lula
da Silva conseguiu que a sua chefe de gabinete fosse creditada com visão e
capacidade política que não possuía, logrando superar rival que tinha
experiência executiva muito superior à sua. Não diz bem do Brasil, e do bom
juízo de seu imenso colégio eleitoral, que o dito Nosso Guia se possa gabar de ter eleito o ‘primeiro poste’, em uma
sucessão deles.
(a continuar)
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