quinta-feira, 12 de junho de 2014

Avante, para o beco sem saída !


                              

          A Copa do Mundo começa hoje com a partida Brasil x Croácia. Há muitas especulações sobre os seus efeitos positivos, inclusive nas relações Brasil-Estados Unidos, congeladas desde a divulgação por Edward Snowden das espreitas cibernéticas da NSA nas comunicações do Planalto e da presidente Dilma, em especial.

          É de esperar-se que os bons vaticínios se cumpram, porque o imobilismo em diplomacia não interessa a ninguém. Posturas antiamericanas são ditas renderem votos, mas muita vez o que ganham em determinado setor, perdem, e com juros, noutro.

          O que parece fora de dúvidas, é que o governo do PT desperdiçou  boa oportunidade de auferir respeito internacional e subir de patamar, através da organização da Copa.

          Porque, salamaleques à parte, a propalada gerentona falhou lamentavelmente na preparação da Copa. As doze sedes impostas por Lula da Silva terão sido demasiado, em sete anos, para um país que, com Juscelino Kubitschek levantara uma capital no despovoado interior em menos de cinco.

          Malgrado essa antiga proeza, não há negar que em termos práticos o Brasil perdeu boa oportunidade de afirmar-se no plano internacional. Não mais como o país do embaraçante jeitinho, mas com realizações concretas que servissem hoje ao turista que nos visita por causa do grande evento, e, com vistas mais largas, para o futuro, garantindo ao povo brasileiro aeroportos servidos por terminais modernos e confortáveis, além das decantadas obras de mobilidade urbana.

         Não engana a ninguém encher a boca com elogios altissonantes a obras inexistentes, substituindo a realidade incômoda e as falhas gritantes com frases ocas e afirmações sem fundamento, como se se pudesse jogar sobre a incapacidade efetiva de cumprir com metas determinadas, e através da retórica vazia estabelecer como perfeito e acabado o que ficou pelo caminho, por força de uma mistura negativa, em que corrupção, irresponsabilidade e falta de controle se deram as mãos. Ou será que esse governo do lulo-petismo só sabe levantar grandes obras no exterior, como o porto de Mariel, em Cuba?

        Não se dissipa a carga de país de Terceiro Mundo com a circunstância de sermos a sétima potência econômica  mundial. Até há pouco, tínhamos galgado a sexta posição, mas o câmbio já nos fez ceder o que ganháramos por alguns meses sobre o Reino Unido. Ao invés de avanços estatísticos, o governo desperdiçou a oportunidade de avançar em ganhos concretos, como em terminais confortáveis e modernos nos diversos aeroportos. Com tapeações não transformamos a realidade. O sentimento da vergonha, experimentado diante de mais um logro, é  reação da sopitada revolta do cidadão, comum ou não, defronte de oportunidade que foi mais bem aproveitada em outras latitudes.

         Lula da Silva conseguiu que a sua chefe de gabinete fosse creditada com visão e capacidade política que não possuía, logrando superar rival que tinha experiência executiva muito superior à sua. Não diz bem do Brasil, e do bom juízo de seu imenso colégio eleitoral, que o dito Nosso Guia se possa gabar de ter eleito o ‘primeiro poste’, em uma sucessão deles.

                                                                                                                 (a continuar)

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