O México e a Grécia foram
eliminados nas oitavas de final. A
equipe mexicana esteve próxima de classificar-se, mas a excessiva prudência do
técnico a prejudicou. Depois de lograr a vantagem, preferiu montar um esquema
defensivo contra a Holanda, ao invés da orientação ofensiva que até então
fizera prevalecer no campo a equipe asteca.
Com o
retrospecto holandês, privilegiar a retranca não foi uma boa solução. Robben,
apesar de apagado no primeiro tempo, brilhou no segundo, contribuindo com
escanteio que a zaga mexicana deixou passar, para o empate salvador aos 43 do segundo tempo,
em chute de Sneijder. E ainda nesses minutos finais, Rafa Márquez derrubou Robben na área, o juiz
marcou o penalty (ao contrário de Mr Webb com Hulk na área do Chile) e
Huntelaar converteu.
Eis o time
laranja de volta à quartas de final . E o
goleiro-fantasma Ochoa se viu redimensionado. Voltou a ser um mortal, como os
demais.
A
vice-campeã mundial enfrentará a Costa Rica. Carimbada de zebra pela imprensa,
a Costa Rica depois de fazer o gol contra a fraca Grécia, optou pela dúbia
tática da cera. Errou ao invés de privilegiar o jogo e a técnica, que a tinham
feito prevalecer no grupo da morte (três campeões mundiais!), e assim acabou
perdendo um jogador e cedendo o empate nos minutos finais do tempo
regulamentar.
Entrou em
verdadeiro inferno astral na prorrogação, em que lutou contra a exaustão dos
respectivos jogadores, em um cenário subitamente adverso, dada a inferioridade
numérica.
Salvou-a
não o Rum Creosotado, mas a limitação técnica dos jogadores gregos. Assim, ao
entrar na loteria dos penaltys mostrou determinação, convertendo todos os cinco, enquanto a Grécia perdeu a quarta
cobrança. De resto, a maneira segura com
que os costarricences converteram os gols contrastou deveras com a incompetência
mais uma vez dos cobradores de uma grande equipe – que hoje se empenha na
conquista do hexacampeonato mundial. É um
escândalo que continuemos a perder pênaltis infantilmente. A seguir desse modo,
em um torneio tão disputado quanto o presente, desperdiçamos uma grande
vantagem potencial. Apesar de Júlio Cesar haver defendido dois e visto outro
chute bater na trave, tivemos de esgotar as cinco cobranças na partida com o
Chile, porque a fraqueza de alguns dos cobradores forçou que a disputa fosse
até cinco penalidades.
Ontem a
Costa Rica não estava em dia muito feliz.
Mas devemos ter cuidado ao designá-la de forma pejorativa. Até quando a
imprensa vai continuar a carimbá-la de zebra ? Já deixou para trás três campeões mundiais ...
Não seria mais inteligente e apropriado que essa simpática equipe da América Central fosse
tratada com mais respeito ?
(Fontes: O Globo,
Rede Globo)
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