A falta de
um jogador que distribua a bola – como Pirlo na Azzurra – cria problemas para o
nosso time, cujos defensores (volantes) têm dificuldade de municiar o ataque, recorrendo a chutões de questionável precisão.
Foi o que se viu ontem no primeiro tempo sobretudo, quando as coisas
endureceram para o nosso time.
Para sorte do
Brasil, no ataque dispomos de Neymar, que ontem voltou a decidir a partida com
dois gols. Também no segundo tempo, as alterações introduzidas por Felipão
puderam melhorar o desempenho da equipe, agilizando de alguma forma a passagem
da bola da defesa para o ataque.
Dessarte, o 2
x 1 de Brasil versus Camarões no primeiro tempo é um espelho desta fase da partida, sobretudo, em
que os Camarões ameaçaram por mais de uma vez o nosso goleiro, e fizeram um gol
em que a defesa brasileira falhou, deixando Matip livre para marcar.
A dependência
da equipe do Brasil de Neymar é, de certo modo, inquietante. Como referiu a
análise de O Globo, “houve momentos em que Neymar não era um jogador do Brasil.
Era o Brasil.”
Assim, tais
lacunas da seleção – e o fato de ser por vezes encurralada por equipes da
qualidade dos Camarões – constituem sinalização importante. Vamos esquecer o habitual oba-oba e estruturar
melhor a equipe. Assim, é muito pertinente a indagação
de “onde vai parar a seleção se alguém parar Neymar. Ou se ele receber cartão,
sentir uma lesão.”
Uma coisa é a
disparidade entre Neymar e os demais integrantes do plantel. Essa afirmação não
pode ser contornada. Outra coisa, no entanto, é a excessiva dependência da
seleção quanto à atuação de Neymar. É aí
que Felipão carece de trabalhar, para através do conjunto tornar a realidade
menos angustiante. O restante do time
não ficar pendurado no nosso supercraque. Será possível ? É melhor que seja,
pois essa incômoda realidade não é óbvia somente para nós brasileiros, senão
também para os técnicos das equipes adversárias.
E não é
mistério para ninguém que de agora em diante o caminho do hexa se torna mais
difícil e perigoso.
Por sua vez,
o México
se classificou para as oitavas com a mesma pontuação brasileira. No Grupo B, Holanda
e Chile se classificaram.
Por outro
lado, há suspeitas de falta de isenção do juiz neozelandês Peter O’Leary (Grupo F). Além de anular um gol para
muitos legítimo da Bósnia (que acabou perdendo para a Nigéria por um a zero), esse
árbitro foi flagrado pelo jornal inglês “The
Independent” abraçando efusivamente o
goleiro nigeriano ao cabo da partida na Arena Pantanal.
Por conta
da confusão, e de aparências comprometedoras, petição na internet
já colheu vinte mil assinaturas pedindo a saída da Copa do aludido
juiz.
( Fontes: Rede Globo, O Globo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário