sábado, 28 de junho de 2014

Correio da Copa (XIV)


                                      

        O jogo desta tarde no Mineirão,na verdade, teve duas partes.  Na primeira, o juiz da Fifa, o inglês Mr. Howard Webb, errou duas vezes e de forma grave. Numa entrada na área de Hulk, o nosso jogador foi derrubado por trás, em um muito hábil movimento do jogador chileno, que não foi visto por Mr. Webb.

         Além disso, em outra investida do mesmo Hulk, que terminou com a bola no fundo das redes, Mr Webb desta feita anulou mal o gol, depois de consultar o bandeirinha. A reprodução do lance mostrou, no entanto, que não houvera braço ou mão do jogador. Na verdade, a bola lhe roçara no ombro. Assim, este árbitro inglês, que passa como o preferido da Fifa, colaborou no resultado da pior forma imaginável, qual seja não apitando um penalty claro e anulando um gol legítimo, ambos que seriam em favor do Brasil.

       O Chile jogou bem e depois desses incidentes dominou por boa parte a equipe brasileira. O Brasil abrira o placar no primeiro tempo, através de David Luiz, em lance confuso na pequena área e o Chile empatou, numa bobeada da defesa, em lateral à esquerda da área.

        No jogo, Neymar, depois de sofrer falta no início, praticamente desapareceu da partida. O Brasil, dominado no primeiro tempo, reagiu no segundo, mas nada logrou, o que também se aplica para a prorrogação de trinta minutos.

        Na cobrança dos penaltys, Julio Cesar foi o grande nome, tornando-se o verdadeiro herói da partida. Defendeu dois  e, viu um chocar-se na trave. Dos nossos batedores três lograram converter (David Luiz, que iniciou a série, Marcelo e Neymar, que a concluíu) mas Hulk e William sofreram da síndrome da Copa América e falharam. Por isso, apesar do desempenho excepcional de Júlio Cesar (defendeu os dois primeiros), a série não pôde ser interrompida, pois a vantagem desapareceu com os dois erros de William e Hulk. Só na cobrança final, em que a bola cobrada pelo chileno bateu na trave e a nossa foi convertida, que a maiúscula contribuição de nosso goleiro levou o nosso time para uma suada e sofrida vitória.

        E para o Chile, uma vez mais, a despeito das bazófias e campanhas pela mídia, se confirmou a histórica freguesia com o Brasil.

        Faltou muita coisa ao escrete canarinho nesse jogo. No primeiro tempo, ficou atarantado em campo. No segundo e na prorrogação, esforçou-se muito, mas sem êxito. O juiz também contribuiu, sobretudo no primeiro tempo. Mas no final, graças sobretudo a Júlio Cesar - que nos mostrou o grande goleiro que é – o nosso time lhe ficou devendo o triunfo que  carregou o time para as quartas de final.

 

(Fonte:  Rede Globo)

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