Nem todas as grandes equipes e
eventuais candidatas ao título já passaram pelo primeiro teste, mas a temporada
das surpresas está aberta.
O Brasil iniciou
o certâmen, levou um gol de saída (e contra
ainda por cima), mas conseguiu superar a primeira crise no seu caminho, que
pretendemos seja do Hexa.
Quase tudo já
foi dito no que tange a esse jogo inicial, inclusive com o coro suspeito de
suposta marmelada no que respeita ao pênalti provocado por Fred. As instâncias
da FIFA ratificaram a decisão do
Senhor Ishimura (com que se tenciona acabar com o agarra-agarra na área). Se o
remédio é um pouco forte, somente o futuro dirá. Mas o que interessa aqui é que
dentro do contexto da Comissão arbitral da Fifa a transgressão houve, e, por
conseguinte, o pênalti existiu.
O torcedor
brasileiro não reconheceu ainda nesta seleção a equipe da Copa das
Confederações, embora a escalação seja a mesma. Falta o elã e o estilo
rolo-compressor que é de esperar-se retorne breve.
Porém o que mais
preocupa no scratch canarinho é a
peneira na defesa (sobretudo no lado esquerdo). Se um time como o da Croácia
criou tantas situações de perigo – sobretudo no primeiro tempo – a inquietação é
válida. O problema de Marcelo com a marcação (sobretudo com a bola nas costas)
não é de hoje, mas o gol contra foi jogada bisonha, que considero inadmissível
neste nível.
Da penosa
mediocridade de outras partidas, a reedição da final da Copa passada reservaria
grande surpresa. É verdade que o modelo espanhol já dava sinais de fadiga
estrutural, como foi a sua derrota para o Brasil na final da Copa das
Confederações. O modelo linha de passes e de controle da bola exige muito dos
jogadores e há alguns na Fúria que, por força da idade, principiam a ratear.
Não sei se a humilhação infligida pelos holandeses preanuncia a decadência
desse modelo, até há pouco imbatível.
A esquadra
holandesa vira uma das equipes com grandes possibilidades de arrebatar o
caneco, mas ainda é cedo para prognósticos, que devem ser pronunciados com
cuidado, pois como todos os palpites dependem dos caprichos da deusa Fortuna,
cuja volubilidade é tão conhecida quanto temida.
Além dos chamados ‘extras’ nesse torneio – que
podem ter o seu dia na Copa, para depois recaírem na própria mediocridade – há muitas
equipes de peso – Itália, Alemanha, França, Inglaterra, Argentina e Uruguai que ainda não entraram
em campo. E, por outro lado, a Espanha, se corre o risco de não passar para a
próxima fase, tem história e classe para recuperar-se.
Correndo todos os
riscos, me animo a arriscar que para a nossa empresa os perigos maiores virão
de Holanda, Itália, Alemanha e Argentina. Sem falar na necessidade de
estruturar a nossa defesa, que não pode continuar a peneira que foi no primeiro
tempo da partida no Itaquerão.
Como em termos
de ataque, o Brasil tem um craque só, Felipão deve excluir Neymar de sua tática
de fouls preventivos. Ou será que ele
quer que a seleção fique sem Neymar, por alguma suspensão automática provocada
por cartões amarelos? De toda maneira, a falta cometida por Neymar já nos deixa
pendurados nessa primeira fase. É um risco que o Brasil não pode correr.
( Fonte: Rede Globo )
PS. É um senhor
vexame que a partida de Natal na chamada Arena das Dunas se tenha assinalada
por uma greve oportunista de ônibus. São coisas que não podem ser admitidas. E deveriam existir esquemas para prevenir
tais irresponsabilidades.
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