domingo, 22 de junho de 2014

Correio da Copa (VIII)


                                        

          Nos jogos de ontem, sobressai a partida entre Alemanha e Ghana, terminada por empate de 2x2. Como assinalou, no entanto, Casagrande, Ghana poderia ter vencido, se tivesse mais espírito de equipe e disciplina tática. Quando vencia por 2X1, teve grande oportunidade de fazer o terceiro gol. No entanto, o atacante de Ghana, ao invés de passar a bola para companheiro mais bem colocado, optou por monopolizar o lance. Perdeu, assim, a ocasião por individualismo, preferindo tentar marcar gol de placa, ao invés de ceder a bola para o companheiro. Ao pensar em si, mostrou o principal defeito das equipes africanas, ao não privilegiar o conjunto e o interesse maior na vitória de Ghana. 

          Embora esta equipe africana seja a melhor do Continente em termos de técnica e conjunto, ainda se ressente de tais defeitos, em que o indivíduo prevalece. Quem ganhou com isso foi a Alemanha, pois se a vantagem tivesse passado para diferença de dois gols, dificilmente a equipe de Joachim Löw teria logrado o empate salvador.

          De qualquer forma, a atuação de Ghana desmistificou o suposto bicho-papão da Copa, que se viu em diversos momentos em nítida desvantagem diante dos africanos. Com as pífias atuações de Nigéria e das demais africanas, Ghana se destacou ao deter o ‘expresso’ alemão, embora não tenha alcançado (pela falta de espírito tático de um jogador) resultado que a pusesse em melhor situação no grupo, e, portanto, com maiores perspectivas de passar para as oitavas de final.   

        O outro jogo a assinalar foi Argentina X Irã. Surpreendentemente, por sólida formação defensiva, o fraco Irã logrou manter o 0X0 até literalmente o último minuto da prorrogação, quando sobreveio o gol salvador do craque Lionel Messi.  Repetiu-se – e aqui com ainda maior suspense, eis que tudo parecia levar para o empate – o ‘esquema’ do jogo com a Bósnia, quando a folhas tantas irrompe Messi e com chute magistral faz esquecer a mediocridade dos companheiros de equipe.       

      No terceiro jogo, na Arena Pantanal, soou a hora da nova seleção da Bósnia.  Mas não para as oitavas de final, mas sim para o retorno à pátria, decretado de forma antecipada. A hoje fraca Nigéria  prevaleceu por um a zero.

 

( Fontes: O Globo e Rede Globo )

Um comentário:

Maria Dalila Bohrer disse...

É uma copa que surpreende: grandes campeões voltam cedo para casa; a África desponta com algum talento; a Costa Rica aparece no cenário do Mundial. Infelizmente nossa seleção não surpreendeu ainda seus torcedores.
Fico com a garra do Uruguai.