Ontem tivemos a vitória da
Alemanha sobre Portugal, o que era o prognóstico provável, porém com a ênfase
de quatro a zero, o que não estava nos cálculos. A imprensa e o público terá
posto demasiado peso nos ombros de Cristiano Ronaldo, o que a classificação
europeia de ‘melhor do mundo’ confere
aura um tanto distorcida e fora da realidade mundial, que é o que importa em
Copa do Mundo.
De
toda maneira, os três gols de Mueller e o zero do artilheiro português frisaram
a incômoda supremacia do time alemão sobre o português. Foi decerto com traço
mais forte, porém não se pode dizer que a vitória teutônica não fosse a esperada.
Pela
sua cara fechada, o governador Jaques
Wagner(PT), da Bahia – onde se realizou o jogo – o que desejaria
demonstrar? O desconforto de acompanhar a
Chanceler Angela Merkel, ou, a
fortiori, a circunstância de estar na tribuna, a provável pedido da
Presidenta Dilma Rousseff, ‘impedida’
por forte gripe que tampouco a habilitara a comparecer ao lançamento da
candidatura de Alexandre Padilha (PT) seu ex-ministro da Saúde, agora na
difícil empresa de vencer Geraldo Alckmin (PSDB) para governador de São Paulo.
A
característica mais importante ontem realçada foi a fase ruim atravessada pelo
futebol africano. No jogo Nigéria x Irã, a correria das equipes mostrou mais do
que a fraqueza técnica do time dos ayatollahs,
a decadência do futebol nigeriano. Diante de um futebol primário como o
iraniano – que nos escanteios chega a concentrar toda a equipe na grande área
para defender-se - é consternadora a
incapacidade dos nigerianos de sequer marcar um gol. Tenha-se em mente que em
passado ainda recente, a Nigéria foi campeã olímpica, vencendo com o seu
futebol de então as equipes de Brasil e Argentina. Assim o zero a zero na Arena
da Baixada (Curitiba) refletiu a incapacidade nigeriana de traduzir eventual
superioridade, pela confrangedora incapacidade de montar jogadas de ataque,
somada à má pontaria dos atacantes nigerianos.
A
mesma incapacidade de traduzir a superioridade técnica no campo se refletiu no
jogo Estados Unidos x Ghana. Com a presença do Vice-Presidente Joe Biden, os ganenses sofreram um
gol a frio (28 segundos de jogo!) e decerto planejado com esmero pela equipe
técnica estadunidense. Diante desse acidente, os ganenses só lograriam empatar aos 37 minutos do segundo
tempo. No entanto, o domínio territorial com posse de bola de 56% para Ghana e
44% para EUA não reflete a fraqueza técnica – e a perene ingenuidade africana –
de finalizar (nos tiros a gol, Ghana mandou 16 para fora, enquanto os EUA se
iguala aos africanos em tiros com endereço certo (4) e apenas três para fora).
E essa consternadora fragilidade voltaria a castigá-los, eis que o time
americano aos 42 do segundo tempo (cinco minutos depois!) marcou de novo, em
escanteio, concedido bisonha ou até displicentemente por jogador ghanense, e
marcado pelo reserva John Brooks, com a mesma facilidade do gol na abertura do
jogo...
É
esse estado bruto do futebol africano –profissional na técnica, mas amador (e
mesmo ingênuo) nas finalizações e na montagem da defesa – que assinala a recaída no jogo nigeriano e a mesmice
nas equipes de outros países daquele Continente. Esse mesmo estado bruto se assinala na força física
do jogo africano, que embora para eles pareça fazer parte da tática das
partidas, pode ser muito danosa em termos de cartões amarelos e até de
expulsões, se os juízes não tiverem presente essa espontaneidade do emprego da
força física como se fora recurso normal nas partidas...
PS. Um alerta para esses gols um tanto espíritas de início de jogo (o sofrido pela Bósnia contra a Argentina, sem falar no gol-contra de Marcelo, no jogo com a Croácia). A propósito, todo cuidado é pouco com os 'hermanos mexicanos', pois não se deve esquecer o gol sofrido a frio no jogo final das Olimpíadas do ataque mexicano, por causa de jogada displicente de beque brasileiro. Esse gol seria determinante para a nossa derrota (e a enésima medalha de prata olímpica).
(Fontes: O Globo e Rede Globo)
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