quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Tombo anunciado vira Realidade


                        

          O meu blog de ontem só pôde ser postado nesta tarde porque a internet caíu. Para minha boa surpresa, a despeito da previsão para sábado, o técnico da OI apareceu antes e, por isso, foi breve a minha estação no purgatório digital.

           De certa maneira, no entanto, as coisas não se encaixaram. De ontem para   hoje o que  há muito se previra aconteceu. Mais uma realização de dona Dilma no campo da economia e finanças!

          Caro leitor, não, não estou perturbado pela pausa forçada no blog. Só que – e isso já deveríamos todos saber – Dilma é boa para, como se diz lá no Sul, atochar. É verdade que entre os significados do verbo o Houaiss inclui mentir.

         Mas no meu entender, atochar é um pouco mais do que isso. É mentir com convicção, o que tende a levar o pobre ouvinte (ou espectador) a crer que, desta feita, ela está dizendo a verdade.

         A sua grande performance nos debates da última eleição tenderia a confirmar  minha interpretação.

          Não há dúvida que a jogada de orçamento com déficit – convenhamos um lance original, seguro de atrair manchetes (não importa se negativas) – foi algo que apesar dos dois ministros trapalhões – o bom guarda e o mau guarda (o leitor escolhe a quem distribuir os epítetos) - traz a marca registrada de Dilma Rousseff !

          Ao ver  tal confusão, uma senhora trapalhada – imaginem,  economia que esteja na marca do pênalti – não é comovente que facilite dessa maneira o que os ianques estavam loucos para fazer, tal é o acúmulo de más notícias ?

          Com o déficit de trinta bilhões – nem é necessário falar do Ministro Joaquim Levy que queria resolver o problema contábil aumentando os impostos, a começar pelo da renda?

           Se imposto no Brasil resolvesse algo, de há muito estaríamos na mítica terra da Cuccagna, aquela da cornucópia em que a fartura é geral e todo o povão está feliz!

           Haveria duas pequenas providências a tomar antes que se anunciassem sandices como a de elevar o imposto de renda. E tais medidas são até simples:  fechar o ralo da corrupção, que sempre se encarrega de abocanhar substancial parte da renda não só da União, mas também de Estados e Municípios.

           Por outro lado, carece de pôr-se  termo ao empreguismo instaurado – como bem demonstrou José Casado – por Lula em ritmo alucinante desde o início de seu primeiro mandato. Agora que o Nunca Dantes está olhando para ver quando batem à sua porta, Dilma – enquanto estiver por lá – pode iniciar aí sim um programa interessante.

           Dar um descanso à caneta e parar de nomear. Os Gastos Correntes devem começar a definhar, para que o nosso orçamento fique mais apresentável.

           E uma sugestão final para Flavio Dino, governador do Maranhão e a sua propaganda pelo PCdoB. Mostrar os progressos do Maranhão:  e que melhor maneira  de enfeitar o bolo senão com a estatística da saída do ex-estado dos Sarney como o campeão da Bolsa Família?  Que melhor sinal para o novo futuro do ex-Reino do Vice-Rei do Norte que uma drástica redução nos noventa e tantos por cento nos beneficiados por tal Bolsa?

            Pela primeira vez, um Estado comemoraria não ser mais o primeiro nessa triste estatística...

 

( Fontes:  O Globo, Folha de S. Paulo )

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