sábado, 1 de agosto de 2015

Notícias direto do Front

                                       

Finanças do Governo

 
           Nada como um dia depois do outro. Os jornais de ontem falam de contas que não fecham, de déficit primário de R$ 1,597 bi, que é resultado negativo para um primeiro semestre (primeira vez que governo encerraria os primeiros seis meses de um ano com saldo negativo). Nesse quadro, um dos fatores que contribuíram para tal assinalado desempenho foi o déficit primário no mês de junho, que montou a R$ 8,205 bi, o pior para esse mês em toda a série histórica do Tesouro, encetada em 1997.

          Esqueceram, no entanto, de contar com a cavalaria ligeira de estados e municípios.  Em 2015, os governos regionais economizaram no primeiro semestre R$ 19,3 bi.  Assim, se o Governo Central teve déficit de R$ 1,9 bi e as empresas estatais R$ 1,6 bi, o Brasil termina os primeiros seis meses de 2015 com Superávit de R$ 16,2 bi. Em 2014, o superávit total fora de R$ 29,4 bi.

          Segundo se assinala, considera-se negativo tal resultado, eis que mostra a debilidade da União e dependência de governos estaduais e municipais, que, em geral, gastam pouco no primeiro de mandato.

          Frise-se, outrossim,  que na semana passada a Fazenda reduziu a meta do superávit primário  deste ano de 1,19 do PIB  (economia para pagar os juros da dívida) para 0,15%. No contexto, tal rebaixamento do esforço fiscal ajudou para aumentar o clima de desconfiança. 

           Dentro do mesmo quadro, mas com potênciais consequências negativas, a Agência de Classificação de Risco Stardard & Poor’s colocou a nota do Brasil em perspectiva negativa, vale dizer avisou ao mercado que pode revisar a nota  para abaixo do grau de investimento, que é uma espécie de selo de bom pagador.

           Com a boa situação dos índices na nossa economia, tal índice fora alcançado no segundo Governo Lula. De lá para cá, o Brasil já resvalou bastante, aproximando-se de conceito similar ao da Argentina.

 
Affaire Catta Preta X CPI Petrobrás

 

           Na avaliação do colunista político Merval Pereira, a advogada Beatriz Catta Preta teria validado  sua convocação pela CPI  da Petrobrás com as acusações que fez a seus membros.

            No entender de Merval,  agora ela teria a obrigação de depor, não para dizer quanto ganha ou de onde vem o dinheiro que paga seus honorários, mas para detalhar as ameaças que diz ter recebido. Ainda consoante o colunista de O Globo, o “seu silêncio na CPI agora jogará contra ela”.

              Assinale-se, por relevante, que o Presidente do STF, Ministro Ricardo Lewandowski, concedeu por liminar à Dra. Catta Preta autorização para não responder a perguntas sobre e a respeito de seus honorários. Igualmente nesse entendimento, a OAB se havia igualmente manifestado.

               Ainda no entendimento de Merval Pereira, as ameaças contra a advogada teriam sido “tão fortes que a fizeram abandonar a carreira, o que transforma a sua acusação  em dado fundamental para que se investiguem os procedimentos da CPI, suas intenções e motivações.”

                                         E o colunista político de O Globo vai além: “É certo que o estilo de fazer política do deputado Eduardo Cunha impõe o medo  mesmo entre os que o apóiam, mas à medida que fica estabelecido  que ele se utiliza de sua posição de presidente da Câmara para trabalhar em proveito de seus interesses, não apenas políticos, cresce no plenário a sensação de que Cunha tem que ser contido independentemente de sua posição política, que hoje é de oposição ao governo.”

                Após assinalar que “a oposição formal, liderada pelo PSDB, já não se interessa mais em aproximação com Cunha, pois ele se transformou em  um livre atirador que privilegia interesses próprios”, o colunista refere que “o líder do PSOL, deputado Chico Alencar, anuncia que há uma articulação para ‘desvendar mais esta acusação gravíssima contra Cunha e a CPI de sua blindagem’, inclusive com relação à utilização indevida dos serviços da agência de investigação Kroll – remunerada pelos cofres públicos.”

                Há dois outros tópicos relevantes no artigo de Merval Pereira: ‘Começa a haver movimento contra o autoritarismo de Cunha. (Indicação disso) é a reação de Jarbas Vasconcellos, hoje um dos líderes contra a permanência dele à frente da Câmara.’

                E, por fim, segundo frisa o colunista “Catta Preta conhece cada uma das consequências jurídicas de suas alegações e denúncias, e mediu bem as palavras quando as fez no ‘Jornal Nacional’” .

 

(  Fonte:  O  Globo )

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