Essa data acima, hoje esquecida, marca dia
importante na história pátria.
D.
Pedro I não era mais o personagem popular do Fico - se é para o bem de todos e a
felicidade geral da Nação, digam ao
Povo que fico. A 9 de janeiro de 1822, diante da reação popular contra a
sua volta à metrópole, determinada pelas Cortes Portuguesas, foi entregue ao
Príncipe Regente um abaixo-assinado pela população do Rio, pedindo
que desconsiderasse a ordem das Cortes e que ficasse no Rio de Janeiro.
A resposta do Príncipe, atendendo ao
apelo da povo brasileiro, marcou o início da ruptura do Brasil com Portugal, e esse
processo culminaria com o grito do Ipiranga, nas cercanias de São Paulo, a sete
de setembro do mesmo ano.
A popularidade do Príncipe, depois
proclamado Imperador e Defensor perpétuo
do Brasil, era então muito grande, como se verificou na sua viagem às Minas
Gerais.
O primeiro Reinado seria breve. Diante
de uma série de posturas autoritárias, o Imperador não mais inspirava o apreço
e o entusiasmo que lhe fora dirigido nos primeiros anos.
O 7 de abril de 1831 marcaria esta
separação de forma definitiva. A 5 de abril o Imperador demitira o ministério
liberal que aceitara a contragosto, e chamou ao governo um ministério
conservador, sob a chefia do marquês de Paranaguá.
A reação popular foi viva e teve o
apoio das tropas mandadas pelo Imperador para reprimi-la. Reunida no Campo de
Santana, a multidão renovou a exigência para que demitisse o gabinete
conservador. Apesar das instâncias e dos
apelos do Major Miguel de Frias e Vasconcelos, D. Pedro abdicou em favor do
filho, D. Pedro de Alcântara, depois D. Pedro II, a 7 de abril de 1831.
D.Pedro viajou a treze do mesmo mês
para a Europa,onde cuidaria de recolocar a filha D. Maria da Glória no trono português, usurpado por D. Miguel,
irmão de Pedro I e, portanto, tio de Maria da Glória. D. Pedro faleceria em
outubro de 1834, vítima de tuberculose.
O Sete de Abril - em que levante
popular provocou a queda de ministério conservador e a renúncia do Imperador -
daria ao Segundo Reinado a matriz liberal que o marcaria de forma indelevel. O
primeiro e o último gabinete do Imperador Dom
Pedro II seria liberal, marcando assim o predomínio desses ideais no
Segundo Reinado, que terminaria, a quinze de novembro de 1889, não por
revolução popular, mas por quartelada encabeçada pelo Marechal Deodoro da
Fonseca.
( Fonte: Enciclopédia Delta Larousse )
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