A PF investiga João Santana
O marqueteiro do PT, que se ocupou das
últimas três campanhas presidenciais – uma de Lula em 2006, e duas de Dilma,
em 2010 e 2014 – agora é investigado pela Polícia Federal. Trata-se de outra campanha do Partido dos
Trabalhadores, seja a eleição do ‘poste’ Fernando Haddad para a prefeitura de
São Paulo (2012).
Nas vitórias,
sobretudo a de Dilma em 2014, o suposto mago João Santana contou com a preciosa
ajuda tanto do escasso tempo de Marina
Silva, quanto da atitude do órgão fiscalizador, que lhe denegou direito de
resposta, em absurdo filmete em que a autonomia do B.C. era apresentada como a
oportunidade dos banqueiros de tirar a comida da mesa dos pobres. A denegação
pelo TSE do direito de resposta por Marina Silva facilitou além disso o que
essa candidata chamara de campanha de
mentiras. Foi fácil ao suposto ‘mago’ desconstruir a vantagem inicial de
Marina Silva. Logrou assim o PT livrar-se
de Marina no turno final, pela ameaça maior que representaria para a candidata
oficialista Dilma Rousseff.
Desta
feita, João Santana – que já teve problemas na Ação Penal 470
(Mensalão) – é agora alvo de inquérito da Polícia Federal. Apura-se se suas empresas
trouxeram de Angola US$ 16 milhões em operação de lavagem de dinheiro para beneficiar o Partido dos Trabalhadores.
Nesse ano de
2012, o publicitário fez a campanha eleitoral no país africano, em que foi
novamente reeleito o Presidente em funções, José
Eduardo dos Santos. Com efeito, dada a prevalente corrupção em Angola, as
reeleições desse presidente são formalidades, atendidas as características do
pleito e a sua ‘apuração’, que não se assinala pela transparência.
A PF suspeita dos
recursos transferidos de Angola – que o COAF (Conselho de Controle de
Atividades Financeiras) considerou operação atípica para a conta do marqueteiro. Para os
policiais os recursos de Angola (US$ 16
milhões) poderiam ter sido pagos por empreiteiras brasileiras que atuam naquele
país.
Dentro desse raciocínio, tal poderia ser, nesta
hipótese, maneira de saldar o débito de R$ 20 milhões da campanha de Haddad
para a prefeitura, com a empresa de João Santana.
O marqueteiro
nega haver praticado irregularidade, eis que, no seu entender, não teria
sentido operação de lavagem de dinheiro para o PT. Segundo declarou Santana, ‘trata-se
de operação legal e totalmente transparente’. Sem embargo, segundo frisa a Folha, especialistas em finanças ouvidos
pelo jornal, dizem que não é comum o “internamento” (remessa de dinheiro do
exterior para o Brasil), mesmo sendo legal, por causa da elevada carga
tributária e da burocracia brasileira para alguém que tem negócios no exterior.
É por esta
razão que a P.F. acha que o dinheiro trazido de Angola em 2012 seria para pagar dívidas do PT no Brasil. Nessa
interpretação, seria operação de lavagem de dinheiro para beneficiar o Partido
dos Trabalhadores.
Aprovada a Desinformação
Como diz Bernardo Mello Franco, na sua nota
editorial na Folha, “a votação de um projeto de lei sobre
rotulagem de alimentos, na última 3ª Feira, ajuda a explicar o Congresso que está aí.”
Liberado no Brasil, o plantio de
transgênicos até hoje deve ser levado ao conhecimento do consumidor (as embalagens
com organismos geneticamente modificados devem trazer um pequeno triângulo
amarelo com a letra T – de transgênico).
Pois
se prevalecer a votação na Câmara – favorável por 320 votos a 135 ao
projeto do deputado Luiz Carlos Heinze (PP-RS), da bancada ruralista – o
símbolo informativo será retirado das embalagens.
Esforço Fiscal
Uma não tão
diáfana cortina desce sobre as despesas do Governo. Pelo resultado do primeiro
Trimestre, verifica-se que há muito por fazer nos nove meses restantes. Constata-se
que o esforço de conter despesas e incrementar receitas terá de ser
proporcionalmente maior no restante do ano.
A boa
surpresa – diante dos pífios números federais – é apresentada por um desempenho
excepcional de municípios e Estados.
Muito baixa a
queda na despesa federal – só 0,8% -
mas a rcceita - que deveria subir – caíu
muito mais depressa (4,4%).
Na verdade,
se o Governo federal reduziu seus investimentos em quase um terço, todo esse
esforço foi afetado pelo aumento na conta da Previdência e de benefícios
sociais.
A demagógica
campanha contra o Plano Levy e o Ajuste Fiscal explica boa parte desse
malogro. Cortes na Previdência no que tange a pensões excessivas para gente
jovem, entre outras bondades, tem sido ignorados por motivos políticos.
E o Ministro
Levy, preso a uma Presidente impopular e sem poder no Congresso, já avisa que
se o Ajuste Fiscal não funcionar, a
queda do conceito para grau especulativo se afigura bastante provável.
O painel da Folha informa que a bancada do PSDB
na Câmara procurou Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
para tratar do pedido de Impeachment que considera apresentar
contra Dilma Rousseff. Cunha
respondeu que o pedido não será descartado de pronto. Pretende ele contratar pareceres jurídicos independentes,
equivalentes aos apresentados pelos tucanos.
Semelha
óbvio que a pressão sobre a Presidente tenderá a aumentar, considerado o viés
dos aludidos pareceres.
Nesse contexto, é intenção de Aécio
Neves (PSDB-MG) sinalizar de forma positiva não só a contratação de
novos pareceres jurídicos pelos tucanos, mas também levar o tema à reunião com
presidentes dos partidos aliados na próxima 4ª feira, dia seis de maio.
Pelo
andar da carruagem, parece enfraquecida a oposição interna contrária à
movimentação pró-impeachment,
assumida por FHC e os dois senadores por São Paulo, José
Serra e Aloysio Nunes Ferreira.
A Crise da
Petrobrás
Se 2014
não foi um ano bom para as petroleiras, por força da queda na cotação do barril
de petróleo, a ineficiência somada com a
corrupção contribuíram para que a Petróleo Brasileiro S.A. tenha experimentado
a maior baixa contábil, com R$ 44 bilhões, seguida pela BP (British Petroleum) com R$ 22 bilhões e a Total com R$ 21 bilhões.
( Fontes: Folha de S. Paulo, O
Globo )
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