O Dilma-II, depois de triturar o
pobre Joaquim Levy - que acreditara na possibilidade de que, sob Dilma, teria
personalidade e voz ativa - mandou reter a nova de que o Ministro do
Planejamento, Nelson Barbosa, viraria o próximo Ministro da Fazenda.
Esse
truquezinho se destinava a impedir efeitos negativos no dólar e na bolsa,
porque o dílmico entorno conhece muito bem a imagem de sua Chefa.
Não funcionou
a tentativa, eis que os operadores nessas áreas são gente calejada, que farejam
longe os golpes dessa Administração. Por isso, dólar nas alturas, e mergulho na
Bolsa, porque com tais medidas o mar não está pra peixe.
Lembram-se das
femmes fatales (mulheres fatais) dos filmes
de antigamente? Dilma é uma delas!
Um dos seus
passatempos preferidos é o de triturar ministros, máxime aqueles que tenham
valor intrínseco! Ela sequer considera a circunstância de que um bom ministro -
por exemplo, na Fazenda - lhe poderia ser muito útil! Com efeito, computadas as
suas trapalhadas e falsas teorias, se tem Chefe de Estado que precisa de bom
Ministro da Fazenda é ela mesmo!
No entanto,
Dilma não está nem aí! Ela é economista - esqueçamos a tentativa
própria de elevar o seu gabarito, que esses chatos da imprensa desbarataram - e
nessa condição está autorizada a fazer o que bem entende nesse campo.
Não importa
que pelo seu comportamento passado, seria muito
melhor que ela não se sentisse tão segura nestes domínios. Mas Dilma é uma lutadora daquelas, e quando
se encasqueta soluções milagrosas, quem terá coragem de desmenti-la?
O que ela
fez com Joaquim Levy não tem nome, nem explicação. A não ser uma: que ela não
tem superego, e por mais que erre, não há nada que a convença de que lhe seria muito melhor baixar um tanto sua prepotência e não só ouvir, mas também
implementar o que a gente com mais conhecimento e competência lhe venha com
todo o respeito sugerir e até recomendar.
Nelson Barbosa, então Ministro do
Planejamento (e petista de carteirinha!), fora convocado através da mídia, para
levar uma chamada de Dilma II, porque ousara desrespeitar uma das regras
básicas da sua cartilha, o aumento
inflacionário do salário mínimo. Atendida a situação brasileira - então melhor
do que hoje, porque vigia a recessão e agora estamos ameaçados de depressão -
Barbosa ousara propor que se aumentasse o mínimo não incluindo o fator do
crescimento (que de toda forma seria fajuto, porque nada cresce sob Dilma
Rousseff), servindo-se apenas do aumento da inflação.
Aqui d'el
Rei! Dilma é bastante específica nas suas grosserias. Mandou difundir pela
mídia a humilhação que o petista Nelson Barbosa engoliu compungido, ao mesmo
tempo que esquecia qualquer ilusão futura de eventual subordinação ao seu
colega da Fazenda.
Dilma tem
pulso forte, é autoritária, só que a sua orientação costuma ser errônea quando
não errática, como de resto ela se mostrou a altura, desmoralizando em
relativamente pouco tempo um grande quadro público na economia (Chicago).
E foi por
isso que o pobre mercado - tanto o de ações, quanto aquele do dólar - já no
primeiro acorde soube destrinchar qual era a
besteira de Dilma Rousseff desta vez.
Lamento por
Joaquim Levy. Estava condenado desde o início... Nada a ver com ele. Tudo a ver
com Dilma Rousseff.
Agora que o
Supremo resolveu desconsiderar o grande e sábio parecer de seu benjamin Edson Fachin, e resolveu bailar
sob a voz melíflua do Ministro Luis Roberto Barroso, a coisa ficou preta para o
Impeachment singrar pelas ameaças de Scyllas (anulação da
Comissão) e novos poderes para Charibdes (Calheiros) no Senado.
Só restaria a esperança das manifestações
das Ruas, e a sua doce influência sobre o colendo colegiado de Senadores. Acaso não terão medo de contrariar o Povo
Brasileiro? Qual será o efeito da popularidade de um dígito para pedir vistas
nessa votação?
( Fontes: O
Globo, Folha de S. Paulo )
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