O aedes
agypti, pois é desse mosquito que temos de falar como vetor de
enfermidades sérias, graves mesmo, precisa ser varrido do Brasil. Para que se
tenha ideia da gravidade das doenças que espalha - todas elas podem ser mortais - como a dengue, a síndrome de Guillen-Barré, e o zika virus. O que mais consterna
é que nenhuma campanha digna deste nome tenha sido empreendida, de forma séria,
ampla e sustentada.
Na verdade é inacreditável, que por todos esses anos, as diversas epidemias ,no
ano passado do dengue e agora do zika
virus e, possívelmente, o tal nefasto mosquito carregue igualmente a
síndrome de Guillen-Barré acima
aludida, que é também grave e tem de ser clinicamente detectada, não hajam
merecido a atenção que estão a exigir de parte das autoridades federais,
estaduais e municipais.
Há governos
responsáveis e outros não. Forçoso será
convir que o de Dilma Rousseff, incrivel e desmerecidamente reeleita em novembro
passado, está hoje à deriva. Cuida, se tanto, da própria salvação, que a cada
semana, a despeito de inúmeros intentos, se vem tornando cada vez menos
provável.
O diabo é que
ela ainda tem muitos partidários. Derrotada na votação para as comissões
especiais do impeachment, logrou outra
sobrevida com a intervenção do esperto novel Ministro do Supremo, Luiz Fachin, que tenta judicializar o
processo de impeachment, propondo-se
inclusive a escrever um novo código do impeachment,
o que é, como escreve Merval Pereira, totalmente inusitado.
É o velho truque de quem, se
perde na urna, recorre à Senhora Vendada. Desse expediente, o clã Sarney
é doutor - que o diga o pobre Jackson
Lago, a quem logrou desalojar da governança do Maranhão. Agora com a
interveniência do partido-cliente, o PCdoB, foi feita a ponte para a liminar de
Fachin e o adiamento até a próxima semana.
Mas o problema
está em que o paciente - o segundo mandato da Presidenta - se acha nos
extremos. A tal ponto, que a respectiva
salvação por meio dos leguleios se afigura cada vez mais improvável.
Nossa gente
deveria dispor de governos que fossem menos demagógicos, e mais eficientes.
Pensando sempre na própria salvação - como é o caso presente - esse
paquidérmico organismo não tem nenhuma sombra de possibilidade de empreender
qualquer ação que venha a ser útil e eficaz para o Brasil.
O que se deveria ter feito quando as más
novas sobre a irrupção do zika virus (cuja crueldade vai muito além de
muitos coleguinhas seus: essa de infestar o cérebro de um feto tornando-o microcéfalo
é indescritível na sua capacidade de infligir o mal, mormente a uma criança
futura que se vai arrastar pela existência - se a tiver - como verdadeiro
mentecapto - tendo a mente na prática tomada por essa praga) salta aos olhos e ao bom senso. Abrir
magna campanha no Nordeste, em toda a zona afetada, para com o apoio da população vistoriar cada lar, humilde ou senhoril, sem
exceção. Os ricos, os abastados e as autoridades deveriam dar o exemplo,
abrindo suas mansões e moradas, para que sejam examinadas. O mesmo, é claro,
cabe no Sul maravilha. Leio que há
gente em São Paulo que se opõe a abrir as próprias casas para os agentes
mata-mosquito. Isso além de inadmissível,
é burro e revoltante, e as autoridades (ouviu, Governador Alkmin ?) tem de instruir a todos, sem exceção: livre e ilimitado trânsito dos agentes do
poder sanitário público, que vem defender um dos mais elementares dos direitos
humanos, que é o direito à segurança sanitária.
Seria importantíssimo que se parasse
toda essa intrusiva e cretinóide propaganda política de partidos corruptos (que
continuam pensando que eleitor é trouxa além de burro), para uma vez na
vida entrar na televisão e na rádio com meios de defesa da vida humana,
incluindo as simples instruções do combate ao Aedes Aegypti (vetor da
dengue, zika-virus e síndrome de Guillen Barré!) - combate às poças d'água,
vasilhames abertos, pneus velhos e novos, limpeza de terrenos baldios, em
trabalhos que devem ser comunitários e orientados por gente com um mínimo de
experiência.
Os
governos atuais - inclusive e sobretudo a inutilidade petista ocupada por dona
Dilma - nada fizeram para combater o surto, a despeito das profusas notícias da
periculosidade do zika virus e da
séria, grave mesmo infestação de fetos pelo zika virus no Nordeste (Pernambuco,
Paraíba, Piauí, Alagoas, Sergipe) e descendo para o Leste e sem dúvida subindo
para a Amazônia.
Nada mais
conducente à doença do que a miséria e a indigência das populações, e a sua
incapacidade, se falta de orientação e exemplo não lhe induzam para postura
ativa e mesmo proativa, com o desfazimento dos criadouros do vírus.
A
impressão que se tinha quando o noticiário apontava a difusão do vírus, era que
os outros estados podiam deitar-se nos próprios berços esplêndidos, como se o
que estava atacando as mulheres e os nascituros no Nordeste, estivesse
acontecendo nas lonjuras de Ásia e África, lugares distantes de que felizmente
nada sabemos e dos quais estamos todos a salvo...
Sem
qualquer aviso do governo, as prateleiras com repelentes contra mosquito estão
vazias. Desapareceram de farmácias, drogarias e supermercados...
Falta à dona Dilma credibilidade para entrar
em campanha contra tal flagelo? Ao invés de reunir gente para o Minha
Casa - Minha Vida, seria melhor lançar campanha de conscientização no
combate ao Aedes Agypti.
Botando esse chapéu,
mostraria que é Governo, e que se preocupa com o bem estar e a saúde de nosso
Povo.
Para quem hoje
enlanguesce em Palácio, não seria tempo perdido.
( Fontes: O Globo, Folha de S. Paulo, Rede Globo )
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