O antes sorridente Lula parece que mudou de parecer quanto a entrar na Justiça, no
que tange à expressão de opiniões contrárias a ele por articulistas na imprensa
e também contra políticos da oposição.
O grande advogado Marcio Thomaz Bastos,
recentemente falecido, quando Ministro da Justiça do Presidente Lula conseguiu
demovê-lo de seu propósito de cancelar o visto de trabalho de Larry Rohter. Com
efeito, o correspondente do New York Times no Brasil tinha escrito reportagem
em que se reportava aos hábitos etílicos do Presidente, e por isso Lula
desejava castigá-lo.
Talvez falte
no momento ao ex-Presidente Lula, em termos de assessoria jurídica, alguém do
nível de Thomaz Bastos. Se tivesse cedido ao impulso de reagir a esse crítico
na imprensa, a imagem de Lula, como democrata e pessoa tolerante teria sofrido.
Agora, nesse
momento especial de crise que envolve a Nação brasileira, como chefe político e
a principal figura do Partido dos Trabalhadores, o ex-presidente Lula recebe um
grande número de críticas de toda a imprensa, não excluído este blogueiro.
No que tange
ao historiador Marco Antônio Villa que, além de comentarista da TV Cultura,
escreve para a página de Opinião de O Globo, surpreendeu o meio político que o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha apresentado ao juiz André
Carvalho e Silva de Almeida, da 30ª Vara Criminal da Justiça de São Paulo
queixa-crime contra Marco Antônio Villa.
Com essa
decisão, Villa passa a ser réu na ação em que é acusado de calúnia, injúria e
difamação. Nesse contexto, o advogado do historiador Marco Antônio Villa, o Dr.
Luís Francisco Carvalho Filho, após asseverar que estuda entrar com habeas
corpus para seu cliente, declarou:
"Acho
constrangedor que um ex-presidente da República revele intolerância e se
disponha a operar contra a liberdade de expressão no Brasil."
Lula não se
limitou a impetrar essa queixa-crime contra Marco Antônio Villa. Acionou igualmente o Supremo Tribunal Federal
com duas queixas-crime apresentadas contra o Senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), que
chamara o petista de "bandido frouxo" na internet.
Neste caso,
não teve êxito o intento de Lula. A
maioria dos ministros decidiu que, apesar de ofensivos e reprováveis, os
ataques se enquadram na imunidade parlamentar.
( Fonte: Folha de S. Paulo )
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