O Renmimbi sobe de categoria
Segundo se
noticia, a moeda oficial da República Popular da China, o renmimbi teve reconhecida
pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) a sua condição de moeda de reserva
mundial. Para elevar o nível da respectiva moeda, o governo da China teve de
concordar em submetê-la a uma série de controles financeiros, de acordo com as
normas do Fundo Monetário.
Se este
avanço representa um claro reconhecimento da progressão chinesa em matéria de
finanças e de comércio internacional, assim como do peso da economia chinesa
nas relações econômicas e financeiras internacionais, esta subida de categoria
não é obtida sem que se haja submetido aos necessários controles estabelecidos
pelo FMI
para esta categoria de moeda. Em troca dessa distinção internacional, as
autoridades financeiras de Beijing não mais poderão valer-se de expedientes
empregados no passado no que tange à paridade do renmimbi.
Assinale-se
que o Renmimbi entra agora na seleta
companhia do Dólar estadunidense, do
Euro, do Yen japonês e da Libra Esterlina,
que são as principais divisas empregadas nos fundos de reserva
internacional.
Os Avanços do ISIS
A relativa facilidade
com que o Exército Islâmico abocanhou uma
parte importante do Iraque setentrional terá surpreendido o Ocidente e, em
especial, os Estados Unidos, pelo que Washington tem gasto em créditos
militares para reforçar as forças armadas de Bagdá.
Se no tempo de Saddam Hussein, o Iraque
era respeitado como força militar, a ponto de haver prevalecido na guerra
contra o Irã, hoje em dia a situação mudou radicalmente, na medida em que Teerã
dispõe de um exército muito melhor estruturado e equipado do que o Iraque, sob
a liderança xiita.
Quando o
ISIS se tornou uma força muito agressiva no Oriente Médio e, nesse sentido, ele
começou a ampliar o seu território às custas dos respectivos vizinhos. Nesse
contexto, cederam largos espaços ao DAESH[1], em especial o restante da Síria sob domínio
de Bashar al-Assad, e mais a leste, o Iraque do Norte.
Se os
curdos e a fortiori quando bem
armados constituem temíveis adversários contra os soldados do E.I. do Califa
al-Baghdadi, os iraquianos tem sido os adversários que o ISIS pede a Alá, não
só pela sua desorganização militar, mas também pelo modo inepto com que se deixaram
varrer do Iraque do Norte.
Como os Estados Unidos dispenderam substanciais somas para aparelhar e estruturar
o exército xiita de Bagdá, e toda essa injeção de equipamento militar,
armamento, sem falar na figura dos assessores militares com que a superpotência
tem procurado reforçar o exército iraquiano, não impediram a progressão e a
queda da segunda cidade em importância no Iraque, além da área petrolífera que
se acha na parte norte do país.
Nesse contexto, dado o abismal desempenho militar iraquiano diante da
invasão do E.I. - que incluíu, outrossim, a conquista de área povoada por yazigis,
que é uma seita sincretista assinalada pelo pacifismo de seus integrantes.
Dentro da prática americana de fazer relatórios em que se procura
determinar as causas de eventuais malogros, o que nesse caso específico é uma
tarefa que pode ser bastante constrangedora à luz do contribuinte americano,
existe a possibilidade de que seja necessário um exame mais detido da atuação
militar do Iraque.
Para começar, as primeiras avaliações têm provocado alguma perplexidade
entre os inspetores, nessa fase preliminar, que pode ou não desembocar em um
verdadeiro inquérito.
O
que de início tem provocado espécie é a maneira com que o relatório preliminar
sobre o avanço do ISIS e a retirada do exército iraquiano tem dado a impressão
de mascarar o comportamento iraquiano, que pode parecer reminiscente do velho
exército italiano, quando em debandada na Segunda Guerra Mundial.
Como se sabe, os relatórios de perdedores constituem em geral um
exercício em mascarar fugas e retiradas - nesse contexto, quando a guerra na
Rússia mudou de sentido, e começou o longo recuo da Wehrmacht, os relatórios da OKW
passaram a ser um modelo de dissimulação quanto à evidência da derrota alemã.
Ainda não se sabe se o Pentágono fará uma
investigação aprofundada, mas o texto dos relatórios já é de natureza a
levantar algumas sobrancelhas. Assim, ao invés de descrever o que foi uma
batida em retirada, os relatórios dos assessores americanos são bastante mais
discretos. Ao invés de descrever a fuga ou debandada dos batalhões iraquianos,
os textos examinados falam que as unidades iraquianas deploy diante do inimigo.
Assim, esta mudança tática de postura bélica diante do inimigo semelha uma
maneira demasiado positiva de descrever a reação do exército iraquiano, que na
realidade recorria ao velho pernas pra
que te quero diante da investida dos destacamentos do E.I. ...
( Fonte: The New York Times )
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