Ofensiva aérea contra EI
Depois de início marcado
pela participação de aliados tanto ocidentais, quanto do Oriente Médio, os Estados Unidos ora se encontram quase
sozinhos, em especial nas missões aéreas de bombardeio contra alvos do Estado
Islâmico em antigos territórios sírios.
Dentro da promessa ao Congresso
americano do Secretário de Defesa estadunidense Ashton Carter de
incrementar esses ataques, em especial contra os principais núcleos do E.I.,
assim como os seus campos de petróleo, havidos como o principal esteio
econômico do ISLI.
Sem embargo, a participação dos aliados
árabes e ocidentais vem diminuindo, com 5% dos 2700 ataques aéreos na Síria, e 30% dos 5100 no Iraque.
Assim, os últimos ataques da
U.E.A. datam de março, os da Jordânia de
agosto (a considerar a bárbara execução do piloto jordaniano aprisionado pelo
EI), os da Arábia Saudita (de setembro),e Bahrein em fevereiro. Por outro lado,
é também modesta a quota do Quatar.
Apesar da grande diferença horária dos voos
da base turca de Incirlik (quinze minutos), dos que saem de bases no Golfo
Pérsico (quase cinco horas), tanto os
ocidentais (França, Canadá e Austrália) continuam a preferir essas últimas. Por
outro lado, o novo Primeiro Ministro do Canadá, Justin Trudeau, já
anunciou que pretende cessar os voos contra o Estado Islâmico.
Dada a aliança russa com a Síria, os
ataques russos não são computados, eis que objetivam atacar apenas os rebeldes
sírios. No que tange ao E.I., a recente explosão de avião de turismo russo nas
cercanias de Sharm el-Sheik (provavelmente por artefato colocado na bagageiro
do avião) tende a tornar uma eventual participação de Moscou nessa campanha
como bastante improvável, dado o número de regiões nos domínios russos sob
influência islâmica.
Rompimento da Barragem em Mariana
De um lado o
descaso, a negligência que cercam a ruptura da barragem: dois dias depois do desastre há dois mortos
confirmados e 28 desaparecidos no lamaçal.
Há muitas interrogações em torno dessa
catástrofe, e talvez a maior delas esteja na falta de uma sirene para avisar os moradores em risco do perigo de
vida que corriam.
Eles foram avisados por telefone. Há necessidade de comentário sobre
o considerável aumento do risco ambiente?
Encontro 'histórico' entre Xi Jinping e
Ma Ying-jeou
Pelo que cercou o encontro em Cingapura dos
presidentes da RPC e de Taiwan, parece distante a perspectiva de união entre os
dois países.
Formosa entra nisso como
símbolo, eis que os números são esmagadores. A par disso, a posição do líder
formosino é por ora minoritária na ilha, sendo provável que o Kuomintang (o antigo partido vindo da
China com Chiang kai-shek) vá perder
as eleições de janeiro próximo. O
partido rival, o PPD (partido Progressista Democrático) surge hoje como o
provável vencedor. Conquanto defendam
também a aproximação com Beijing, eles tem a independência como principal
bandeira política.
Por ora, os democratas têm apenas três candidatos, e na verdade, dois.
Por sua vez, o campo do GOP continua apinhado, mas se
examinarmos de forma mais detida, a aglomeração candidatícia corresponde mais a
teimosia de alguns, do que ao real enfrentamento de grandes nomes.
Donald Trump continua na
dianteira (26%), se bem que a pequena
vantagem sobre o mais direto rival, Ben Carson (23%) reflita inegável baixa no apoio do eleitor médio à grande
surpresa até agora dessa disputa eleitoral. Ambos são conservadores, e Carson
seria uma espécie de réplica do GOP ao
Presidente Obama. Ambos são
afro-americanos, mas aí acabam as semelhanças, eis que Carson esposa posições
que dariam calafrios à maioria dos simpatizantes do atual presidente.
Seguem na lista dos
desafiantes republicanos, os senadores Marco Rubio e Ted Cruz, empatados com 11%, os dois com comovente
reacionarismo. Rubio enfrenta igualmente escândalo no uso indevido de cartão.
Os demais são liderados
(?) por Jeb Bush, que tem 4% das preferências, e o que é pior,
a própria campanha não decola, e, por isso, os apoiadores ameaçam retirar-lhe a
dinheirama que a ele foi prometida pela circunstância familiar de ter dois
presidentes na família, o velho George Bush,
presidente de um só mandato (derrotado pelo democrata Bill Clinton) e o irmão, George
Bush Jr. - cujas maiores
realizações estão (a) no fato de ter
sido o primeiro presidente americano eleito pela Corte Suprema - contra Al
Gore, que ainda por cima teve mais votos na contagem popular; e (b) na guerra do Iraque, que deu bilhões
de dólares de prejuízo a Tio Sam e, por isso, muito contribuiu para lançar o
chamado declínio da Superpotência... Tudo isso sem falar no escândalo
do abandono da população atingida pelo furacão Katrina, e a consequente série de derrotas eleitorais (perdas da
maioria no Senado e na Câmara, e mais adiante vitória de Barack Obama contra o
republicano herói de guerra John McCain).
Os outros
pré-candidatos do GOP também estão na faixa de um dígito, e devem desaparecer rápido
do quadro (John Kasich, 4%; Mike Huckabee, 4%; Rand Paul, um extremista conservador, com 4%; a única mulher, Carly
Fiorina, com 3%; Chris Christie,
com 2% - que ainda se aferra ao sonho da candidatura, incapaz de aceitar a
realidade do desmoronamento, resultado de escândalo de trânsito que se recusa a
ir embora (antes aparecia como um dos favoritos...), e depois, no bando dos com
zero de preferência Rick Santorum, Bob Jindal, Lindsey Graham e
George Pataki...
( Fontes: The New York
Times, O Globo )
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