Ataque do Isis em Paris
Considerado como
o ataque terrorista mais forte contra Paris e a França, por ora a contabilidade
das baixas é 129 mortos e 352 feridos. A investida contra a casa de espetáculos Bataclan foi realizada com macabra e
metódica liquidação dos espectadores.
Muitos dos
atacantes traziam bombas amarrados ao corpo, estando por isso prontos para sua
ascensão ao paraíso muçulmano e às huris
que aí esperam os combatentes dessa fé especial, que atacam de surpresa e sem
dar as vítimas qualquer átimo de dúvida ou clemência.
Dos 352
feridos, 99 deles se acham em estado
grave.
Quanto aos
efeitos a médio prazo sobre a afluência
de turistas, é uma questão que paira no ar.
A violência
sacudiu todo o Ocidente, pois outros países, como o Reino Unido, a Alemanha, a
Bélgica e Suiça são havidos como tão vulneráveis quanto a França.
Especula-se
que a reação do ISIS se deva aos últimos bombardeios da coalizão ocidental, que
têm alvejado a capital Raqqa e teriam causado a morte do carrasco Jihadi John (especialista em decapitações), cujo verdadeiro nome é Emwazi, sendo natural do Kuvait.
Por outro
lado, diante da nova estratégia do E.I., de golpear à distância, o Primeiro
Ministro francês já assegurou que os ataques
da aviação gaulesa aumentarão na Síria e no Iraque.
Nota-se, de
resto, uma intensificação dos ataques à distância do ISIS, como aquele contra a
Rússia, abatendo um avião de turismo saído do balneário de Sharm el-Sheik, de
que o E.I. assumiu a autoria.
Suspensão da Federação Russa das
competições atléticas
A recente
descoberta pela Agência Internacional Anti-Doping de estratégia coordenada para
ocultar o doping generalizado dos atletas russos sacudiu o mundo esportivo e
expôs o quanto o uso dessas substâncias químicas se transformaram em mecanismo
indispensável para a obtenção de resultados favoráveis nas diversas provas de
esportes ditos amadores.
Circulado esta
semana pela Agência Internacional Anti-Doping, foi exposto o programa mais
extenso de utilização de drogas proibidas pelos esportistas russos, com o
escopo de fraudar resultados. Tal esquema só pode ser comparado com o programa
de doping dos atletas da antiga Alemanha Oriental Comunista, que foi descoberto
nos anos setenta do século passado.
Entre as
"atividades" expostas pela Agência anti-Doping, membros do Serviço Secreto russo intimidaram
funcionários em laboratório para testar substâncias proibidas, de modo a dar
cobertura aos resultados positivos dos atletas russos. Nesse sentido, um
laboratório destruíu cerca de 1400 amostras.
Os truques
sujos foram muitos: alguns atletas assumiram identidades falsas para evitar
testes-surpresa. Outros pagaram para fazer 'desaparecer' os resultados
positivos da violação; outros subornaram as autoridades antidoping para
garantir resultados favoráveis, i.e., negativos, e por outros lado os paredros
esportivos apresentaram falsas amostras de urina em substituição às verdadeiras
para os atletas que se estavam dopando.
Na terra dos
pavilhões do conde Poniatowski, montados para enganar a Tzarina Catarina de
todas as Rússias, surpreenderá realmente
que o regime Vladimir Putin recorra a essas táticas tão próximas do mundo do
gangsterismo?
O consequente Relatório da Agência Internacional Antidoping
levou à preparação de recomendação de que a Federação Russa seja suspensa das
competições do atletismo de pista e de campo, nas próximas Olimpíadas, que como
todos sabemos estão previstas para a mui Leal e Heróica Cidade de São Sebastião
do Rio de Janeiro, nos meses de julho e agosto de 2016.
Para melhor
entender o que está acontecendo com a Federação Russa no momento atual, é
preciso dirigir o pensamento para o regime instituído por Vladimir Putin.
Afim de melhor
situar-se diante da crescente presença e consequente progressiva influência da
corrupção e mesmo do racketismo
organizado na atual Federação Russa, é
interessante ter presentes as obras da russa Masha Gessen (O Homem sem
Face - que historia o surgimento de gospodin Putin em São Petersburgo ) e
da americana Karen Dawisha, com a
sua obra " A cleptocracia de Putin"
(que trata de sua ascensão e consolidação no Kremlin).
Lewandowski fala em risco de golpe
O fato de Sua
Excelência o Ministro Ricardo Lewandowski, atual presidente do
STF, ter escolhido faculdade em São Paulo para em palestra, defender o mandato
de Dilma Rousseff, levanta decerto várias questões, e não será a menor aquela
que tenha a ver com a propriedade da intervenção do Presidente do Supremo em
vir a campo nessa matéria.
Não desperta
surpresa que Sua Excelência desça à arena em defesa da Presidenta, que já foi
objeto de intervenções do STF, como nas liminares dos Ministros Teori Zavascki e Rosa Weber, e que têm a ver
com a tramitação no Congresso da proposta de impeachment firmada pelo Dr.
Hélio Bicudo.
Para
Lewandowski o Brasil precisa ter "paciência" nos próximos três anos e
não embarcar em um "golpe institucional".
Como assinala
a Folha,
enquanto "Presidente mais impopular das últimas três décadas, Dilma é alvo
de vários pedidos de impeachment protocolados na Câmara". É interessante,
de resto, assinalar que "na defesa de seu mandato",- como frisa a Folha,- "governistas sempre
associam a iniciativa a uma tentativa de
golpe."
Surpreenderá
que Sua Excelência Lewandowski venha agora a público com essa linguagem que
tanto o aproxima do Partido dos Trabalhadores?
( Fontes:
The New York Times, O Globo, Folha de S. Paulo )
Um comentário:
É triste que na vigência do Séc. XXI assista-se a um ato selvagem como o ocorrido em Paris. É um ato contra a democracia, contra a liberdade de fruir a cidade, contra o encontro de pessoas nos espaços públicos.
O ocorrido é a materialização de um fanatismo sem limites que deseja retroceder na história da humanidade.
Com toda a ousadia demonstrada permanece dentro de nós a preocupação com as Olimpíadas 2016.
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