quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Que Terrorismo ?


                                          

          São graves as suspeitas a que o Primeiro Ministro inglês já dá um meio aval. Com efeito, David Cameron declarou que sustará os vôos charter de e para  Sharm-el-Sheik, partindo ou voltando para o território de Sua Majestade, diante das suspeitas de que o Airbus A321, da Metrojet, de bandeira russa que há pouco se espatifara nas montanhas do Sinai, com 224 pessoas a bordo, e que se destinava a São Petersburgo,  tenha na verdade sido derrubado não pelo alegado defeito dos motores, mas sim por artefato explosivo, cerca de 23 minutos após a decolagem.

          Como é público, a Federação Russa negara que o desastre aéreo ocorrido com avião russo pudesse ter sido causado por meio terrorista.

           No momento, há cerca de vinte mil turistas britânicos na cidade egípcia. Os ingleses, mormente a classe C, se valem muito dos voos charter para o respectivo turismo, procurando nessa época do clima boreal localizações mais acessíveis e aprazíveis para o turismo praieiro.

           Quanto à origem do alegado ato terrorista - já de resto reivindicado pelo E.I., em retaliação aos ataques russos contra áreas dominadas por esse  mesmo exército islâmico - não parecem subsistir muitas dúvidas quanto ao modus faciendi do ataque.

           Dada a altura em que estava a aeronave, ela teria sido destruída por explosão causada por engenho colocado no seu bagageiro, e não por míssil, eis que inexistiria no sítio possibilidades - como ocorreu em 2014, por exemplo na Ucrânia, em território sob controle rebelde, em que míssil de fabricação russa derrubou o voo comercial da Malaysian Airlines, causando centenas de vítimas  - de eventual emprego de um míssil terra-ar.

           Há reunião prevista entre David Cameron e o presidente do Egito, general Abdel Fattah al-Sisi. A maior probabilidade estaria em que o artefato - por possível falta no aeroporto desse resort de aparelhos modernos de fiscalização eletrônica - tenha sido introduzido de forma subreptícia, junto com as malas e a habitual tralha  nos compartimentos da moderna aeronave Airbus e que se destinam à bagagem dos passageiros.

 

( Fontes: The New York Times,  O Globo )

Nenhum comentário: