domingo, 22 de novembro de 2015

Colcha de Retalhos C 45

                                      

MP quer cassar registros de parlamentares


         A Constituição Cidadã proíbe que parlamentares sejam sócios de emissoras de rádio e tevê. Não obstante, 32 deputados federais e 8 senadores aparecem em registros como sócios de tais emissoras.

          Por isso, o Ministério Público vai entrar em juízo contra esses parlamentares. Como seria de esperar, na lista dos responsáveis existe até o candidato a Presidente da República na última eleição, Aécio Neves, atual presidente do PSDB, o ex-Ministro das Minas e Energia Edison Lobão (PMDB-MA), chefes políticos estaduais, Fernando Collor  (PTB-AL), Jader Barbalho (PMDB-PA) e Tasso Jereissati (PSDB-CE)

          Entre os deputados, aparecem  Sarney Filho (PV-MA) e Elcione Barbalho (PMDB-PA).

          Nesse sentido, o Ministério Público Federal pedirá a suspensão das aludidas concessões. Vai requerer, outrossim, que a União licite novamente o serviço e se abstenha de conceder outorgas aos citados acima (no Ministério das Comunicações, todos os referidos constam como sócios de emissoras).
 

A Argentina vota  para  Presidente     

        
           O chamado kirchnerismo não passa de velho avatar do peronismo, e é responsável por muitos dos problemas que a Argentina enfrenta no momento.

           Nas urnas de hoje se enfrentam Mauricio Macri, o opositor, que surpreendeu, vencendo no primeiro turno, e Daniel Scioli, o peronista dissidente (não é ligado a Cristina Kirchner).

           É um match apertado o embate de hoje. Os adversários de Macri jogam com o medo, acenando com a perda dos largos benefícios sociais do peronismo como a consequência do sufrágio na oposição.

 

Nasce o Partido da Mulher Brasileira!

 
         O leitor saberia por acaso que o Brasil  já dispõe de 35 siglas partidárias devidamente registradas no Tribunal Superior Eleitoral?  É de notar-se que depois de não pequenas dificuldades - em geral de procedência petista, como o indeferimento de firmas nos cartórios do ABC, esse feudo do Partido dos Trabalhadores - os adeptos de Dilma e Lula lograram evitar para a eleição passada que Marina Silva dispusesse de uma sigla, o Rede Sustentabilidade!

           Agora que a popularidade do nobre Partido dos Trabalhadores desapareceu no ralo da corrupção,  Marina já tem o seu partido.

           Mas perdão, leitor! Esqueceu-me mencionar a leda nova que, como refere a coluna de Bernardo Mello Franco na Folha, nasceu mais um nanico! É o Partido da Mulher Brasileira, de quem todos agora estão falando, menos obviamente todos aqueles que V. conhece!

            A contradição é acaso importante na política? As opiniões, semelha inevitável confessá-lo, diferem.  No entanto, por ora a bancada do Partido da Mulher surge avassaladora com bancada cem por cento masculina. Mas a Presidenta do PMB, Sued Haidar promete um jeitinho para breve, eis que conta com a próxima filiação de duas deputadas eleitas por dois outros nanicos o PTC e o PMN.

           O leitor não deve, contudo, esquecer que esta safra de legendas de aluguer e de nanicos  outros, surgiu quando o Supremo, em tarde pouco inspirada, abateu como inconstitucional uma modesta reforminha que buscava limitar a exploração partidária no Brasil.

           Acima de um, o número de partidos não quer dizer necessariamente que os direitos políticos estão sendo abusados, através do eventual cerceamento das siglas partidárias.

           As nossas eleições nos recordam pontualmente sobre esta - desculpem - sandice dos nossos preclaros ministros do STF. A Alemanha é por acaso um regime ditatorial porque aqueles partidos que não obtèm 5% do voto nacional tem a licença cassada (como o partido liberal alemão - FDP acaba de sofrer mais uma vez)? E os Estados Unidos, por só ter dois partidos que contam, é por acaso uma ditadura? Já a Venezuela, por exemplo, pode ter o número de partidos que quiser, mas será o reino de Nicolás Maduro por ventura uma democracia?...

 

( Fontes:  O  Globo, Folha de S. Paulo )

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