domingo, 20 de novembro de 2016

Visitas a Donald Trump

                                  

         Entre as visitas ao presidente-eleito, a proeminente foi a de Mitt-Romney, o candidato derrotado por Barack Obama em 2012,  e que durante a campanha o qualificara como uma 'fraude' e 'um falso'.
         Saíu do encontro com Trump com o sorriso habitual, e não ficou claro por ora se Trump o convidou para Secretário de Estado. Se o fizesse, seria uma jogada hábil, para contrabalançar (e eventualmente controlar) os linhas-dura indicados na véspera. De qualquer forma, a presença de políticos mais confiáveis, como Mitt, contribuíu para clarear um pouco a atmosfera, bastante turva no dia anterior, com as estranhas 'descobertas' de Trump do dia precedente.
          Em política, se nem tudo é possível, será certo que quase tudo o é, e os pratos mais amargos são provados com rosto prazeroso, se tal semelhar necessário seja para o oferente, seja para o ofertado, ou até mesmo para os dois.
          Se este é o caso, e se Romney concordar em trabalhar sob as ordens de Trump, os pratos mais indigestos serão o relacionamento com 'o amigo'  Vladimir Putin e o livre-comércio.
           De qualquer forma, especulações à parte, não se sabe se o presidente-eleito o sondou para Secretário de Estado, ou se o candidato que falou sob os ouvidos eletrônicos do bartender da quase metade que vivia às custas do estado democrata, fez algum aceno se porventura aceitará.
           De todo modo, a brutal surpresa do triunfo eleitoral do candidato republicano havido até à véspera como perdedor certo, ainda empresta um tom de certa irrealidade ao espetáculo ora produzido pelo GOP, dando a muitos, sobretudo àqueles que deverão mais sofrer com essa cruel virada - ainda mais quando Hillary venceu no voto popular - com se  mais tudo parecesse fora cruel e intempestiva brincadeira das divindades infernais.




( Fonte: The New York Times )           

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