quinta-feira, 24 de novembro de 2016

A lei será igual para todos?

                              

          Teremos boa oportunidade de determinar, se as normas do direito são iguais para todos.
           Pois, até aqui os fatos são os seguintes: nove anos transcorridos após o início das investigações sobre Renan Calheiros (PMDB-AL), no âmbito do Supremo Tribunal Federal, o primeiro julgamento de denúncia contra o presidente do Senado foi marcado para a próxima quinta-feira, dia 1° de  dezembro. O plenário do Supremo decidirá se aceita a denúncia contra Renan. Em  caso positivo, a aceitação da denúncia o faria réu pela primeira vez. Ele é acusado de peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso. A acusação foi formalizada em 2013.
            Consoante inquérito remetido pela Procuradoria-Geral da República, que será analisado pelo Supremo,  o Senador Renan Calheiros recebeu propina da construtora Mendes Júnior para apresentar emendas que beneficiariam a empreiteira. Em troca, o peemedebista teria as despesas pessoais  da jornalista Monica Veloso, com quem mantinha relacionamento extra-conjugal, pagas pela empresa.
              Na época, Renan apresentou ao Conselho de Ética do Senado recibos de venda de gado em Alagoas, para comprovar um ganho de R$1,9 milhão, mas os documentos são considerados notas frias pelos investigadores.  O peemedebista chegou a renunciar à presidência do Senado quando o escândalo veio à tona.
              O inquérito em questão, de número 2593 e relatoria do ministro Edson Fachin, é um dos doze  sobre Renan no Supremo.
               Em nota, a assessoria da presidência do Senado afirma que Renan "pediu oficialmente essa investigação ao Ministério Público no ano de 2007 e é o maior interessado nesse julgamento". A defesa do senador esclarece ainda que o Ministério Público não o denunciou por, supostamente, ter contas pessoais pagas por uma empresa. Essa acusação, que perdurou por dez anos, sequer consta da denúncia", diz o texto.


( Fonte: Estado de S. Paulo )

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