quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Por falar em protesto...

                             
        Pode ser sintoma de novos tempos,  mas em verdade me parece pouco ter a ver com comportamento global, e sim ser reflexo de laxidão generalizada no Brasil hodierno, que por sua vez é parente muito próximo no que tange à abstenção de qualquer providência para coibir essas agressões e depredações sistemáticas da coisa pública.
        O direito de protestar é decerto característica intrínseca da democracia. O que nada tem a ver com espírito democrático é a desavergonhada instrumentalização do cívico direito do protesto.  Que tem a ver o próprio nacional com o que um grupo de baderneiros pensa a respeito da situação hodierna?
         Absolutamente nada. A manifestação, seja qual for o próprio fim, deve ser pacífica e ordeira. Não será destruindo patrimônio público nacional e municipal, em Brasília, além de bens privados de cidadãos, que a demonstração de desagrado de um grupo determinado será mais relevante para os respectivos objetivos.
          Na realidade, ao passar para o vandalismo e a depredação de bens públicos e privados, os indivíduos que participam da 'manifestação' estão abrindo um outro dossier, este policial e patrimonial. Saem do livrinho da Constituição e adentram maçudos manuais de direito penal.
          Houve ontem em Brasília outra exibição vandálica, com violência dos seus integrantes, ateando fogo no que estava à sua frente (inclusive carro particular) e o quebra-quebra de bens públicos.
           Aqui a autoridade tem que ter muito presente que ao descer para a arruaça e o quebra-quebra, os baderneiros literalmente saem dos artigos da Constituição Federal, e invadem a seara da polícia, com  os prejuizos e danos infligidos a bens públicos, e por conseguinte de todos, e também a automóveis, que no caso são bens privados, e, portanto, tampouco suscetíveis de serem objeto das quase maquinais práticas na sua destruição boçal. Elas nada acrescentam à manifestação, a não ser o necessário repúdio da cidadania por tais ações de indivíduos que, ao fazerem esses estragos, saem totalmente do abrigo constitucional aos demonstrantes pacíficos, e viram arruaceiros e criminosos comuns.
             Deve-se coibir esse desvirtuamento do direito político de protestar, que aqui ingressa na baderna e na depredação do patrimônio público e alheio (também nessa mesma linha, energúmenos picharam o Museu da República e invadiram secretarias de estado).
            Os organizadores desta desordem são maus estudantes,                                                               sob a 'organização' da Central Sindical Petista CUT, o MST e  agitadores que, pelas entidades sindicais citadas, são membros do PT e de seu partido subalterno PCdoB.
             Como tais indivíduos, ao entrarem na seara do direito penal abandonam a guarida constitucional da manifestação ordeira e respeitosa do patrimônio nacional, a Segurança Pública deve levá-los para a Papuda, para que disponham de tempo para meditarem entre a diferença entre o público e o privado, de uma parte, e da necessidade urgente de serem inteirados que manifestações nada têm a ver com destruição de patrimônio, sem falar de danos pessoais a particulares. Ao agirem da forma   praticada, tais jovens devem esquecer qualquer veleidade de valer-se dos guarda-chuvas das manifestações ordeiras.  Para quem promove baderna e dilapida a cousa pública, quem sabe uma boa estada na cadeia ajudará a entender melhor que manifestação de protesto não tem nada a ver com arruaça, bagunça e danos ao patrimônio da Nação.            


(Fonte:OGlobo)     )                                                                                                                                                                                         

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