terça-feira, 15 de março de 2016

Lula, Ética e Poder


       Lula estaria agora propenso a aceitar o posto ministerial de Ricardo Berzoini e com isso ficaria imune à decretação de prisão por um juiz.      
       Como ministro, somente o Supremo poderia dar licença para um eventual processo ou convocação judicial.

       A justificativa se basearia formalmente em  ajudar a Dilma, que em verdade disso muito precisa.

       Lula aparece como salvador, quando na verdade é o causador da situação. Dilma foi eleita por duas vezes, e a primeira porque o coronelão assim o determinara. Na segunda, ela preponderou graças a uma ocultação da real situação política e econômica. A cobrança não demorou, ao desnudarem-se as reais condições em que ela obteve a maioria no segundo turno, ainda que por pequena diferença.

      A assunção de Lula, se confirmada, a esvazia ainda mais. Não obstante, tal condição ela a deverá a si própria, dada a respectiva incapacidade de governar.

       Artifícios e fumaças não esconderão a crua realidade, que é a sua incapacidade política. Para isto não há outra saída que o Impeachment, e não vão ser malabarismos do  seu padrinho político que nos há de fazer esquecer essa triste, incômoda e inamovível situação: a própria incapacidade de governar.  

       Sem o querer, a presença de Lula no governo confirma e corrobora essa avaliação.

       Se confirmada a nomeação de Lula, mais ela regredirá para a penumbra de quem reina, mas não governa. Não há jeito de escamotear tal realidade: ela foi eleita mas não tem condições de governar.

       Quando o fez, trouxe irresponsavelmente a inflação de volta, além de muitos outros demônios, como a recessão, o desemprego e a nave desgovernada.

        O Impeachment é um remédio político para males políticos. Por fatores estranhos, o seu caminho tem sido obstruído por gente que pensando retribuir antigos favores, o faz à custa do sofrimento de muitos.

         Lula no poder - ou nas bordas dele - o que fará?  De qualquer forma, vivemos em regime presidencialista, e o suposto mandato de Lula se sustenta apenas no pedido de sua discípula ora em dificuldade extrema.

         Que só tendem a aumentar com a divulgada homologação por Ministro do Supremo da delação premiada do Senador Delcídio, que, ao que parece, tem revelações suculentas quanto a supostos desvios éticos graves de Dilma Rousseff, se nos fiarmos em o que reponta na recentíssima edição do semanário  IstoÉ.

 

( Fonte: Site de O Globo )

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