sábado, 11 de janeiro de 2020

Terras indígenas: projeto polêmico


                                  

      Segundo noticia, em primeira página, O Globo, o governo Bolsonaro pretende enviar ao Congresso projeto que libera a ampla exploração  econômica das 462 terras indígenas regularizadas do país, que ocupam 12% do território nacional.
        Além da mineração, já discutida pelo governo Bolsonaro, a minuta que se acha em análise pela Casa Civil autorizaria a construção de hidrelétricas, a extração de petróleo e gás, a agropecuária e o turismo.
         Os índios não poderão vetar os empreendimentos, mas serão recompensados pelas atividades em seus domínios.
         O Ministério das Minas e Energia afirma que lideranças indígenas pediram ações do Planalto para possibilitar a exploração.
          Como se sabe, a Constituição autoriza a exploração mineral em terras indígenas desde que ela seja regulamentada.  Não obstante, nenhuma regra foi aprovada  até hoje pelo Congresso, o que vem impedindo a mineração legalizada nessas áreas, algumas conhecidas por abrigarem  reservas de metais preciosos como o ouro.
            O texto do governo afirma que os indígenas serão sempre consultados, porém não terão poder de veto sobre as atividades. Essa restrição é decerto polêmica e carece de maiores estudos.  Não dar poder de veto ao indígena na sua terra, semelha disposição no mínimo questionável, em termos de seus direitos constitucionais.
             Nesse contexto, a proposta do governo Bolsonaro para mineração em áreas ocupadas por indígenas tem enfrentado resistência, em meio a preocupações de ambientalistas e com temores sobre a repercussão internacional da medida.

            Assinale-se que o Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse, em 2019,  que não pautaria projetos que flexibilizem mineração em terra indígena. Na ocasião, Maia declarou que sua intenção era sinalizar à comunidade internacional que o país tem preocupação com o meio ambiente e os povos nativos.

( Fonte: O Globo )

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