O
Ministro da Justiça, Sérgio Moro, foi escolhido pelo Jornal Financial Times como uma das cinquenta
personalidades mundiais que moldaram os anos 2010. Ele é o único brasileiro da
Lista.
Segundo o jornal inglês, o ex-juiz foi "ponta de lança de uma
investigação de corrupção que balançou o establishment
político da América Latina". Nesse sentido, foram citados como
desdobramentos de suas atividades a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, e o envolvimento de quatro presidentes do Peru em processos criminais.
Nesse sentido, o diário lembra que Moro se tornou neste ano ministro da
Justiça e Segurança Pública do presidente Jair Bolsonaro, "uma mudança
política que lançou dúvida sobre sua independência como juiz, mas que pode
prepará-lo para uma corrida presidencial".
A
última pesquisa Datafolha mostrou que
Moro se consolidou como ministro mais popular do governo, com nível de apoio
maior do que o do próprio presidente. O ex-juiz é conhecido por 93% dos
entrevistados e, destes, 53% avaliam sua atuação no ministério como ótima/boa.
Em entrevista recente à Folha, ele disse não ter " pretensão de seguir a
política partidária", ao ser perguntado sobre 2022.
A popularidade do ministro seguiu alta mesmo após episódios que poderiam
lhe causar desgaste, como a soltura de Lula, a decisão do STF que derrubou a
prisão após condenação em 2ª instância, a desidratação do pacote anticrime e a
divulgação de trocas de mensagens com procuradores da Lava Jato pelo site The Intercept Brasil.
Para
que se tenha ideia da importância da escolha da lista pelo Financial Times foram chefes de Estado e de governo como Emmanuel Macron, Ângela Merkel, Xi Jinping
e Vladimir Putin, ativistas como Malala Yousafzai, economistas como Thomas Piketty e políticos como Nigel Farage, um dos principais defensores do Brexit.
Na lista correlata das grandes
personalidades da década passada, o jornal incluiu o ex-presidente Lula. Os
anos 2010, ainda segundo o jornal, começaram com medidas de austeridade para
contrapor a crise econômica e terminam com governos populistas e regimes
não-liberais ao redor do planeta - o que é exemplificado pelas personalidades
apontadas: Donald Trump, Recep Tayyip Erdogan (Turquia) e Mohammed bin Salman
(príncipe herdeiro da Arábia Saudita).
Segundo o Financial Times, indivíduos
se mostraram capazes de tomar poder de institui-ções há muito estabelecidas. Daí
a inclusão de representantes de gigantes
da tecnologia como Tim Cook (Apple),
Jeff Bezos (Amazon), Mark Zuckerberg (Facebook)
e Elon Musk.
A inclusão do juiz Sérgio Moro e a sua continuada popularidade, dentro
de um ministério que não se assinala por grandes valores, constitui decerto
promessa de novos tempos futuros, em que o nome do Brasil possa voltar a ser
associado com expoentes de relevo. Por isso, a menção do juiz Moro pelo Financial Times é decerto importante
Na lista do Financial Times
ainda há personalidades do mundo da cultura, como o produtor Kevin Feige (chefe
da Marvel Studios), a cantora Taylor Swift e a atriz Rose McGowan , além da
tenista Serena Williams e os futebolistas Lionel Messi e Cristiano Ronaldo.
Infelizmente, depois do 7x1 entramos
em uma espécie de semi-eclipse internacional, em um esporte no qual sempre
tivemos grande e, muita vez, determinante presença...
(
Fonte: Folha de S. Paulo )
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