terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Cresce no Rio a sombra da Milícia


                

       Organizados sob o discurso de uma força de segurança para combater o crime e, em especial,  o tráfico de drogas em comunidades pobres da Baixada,  os grupos de milicianos formam verdadeiro domínio territorial em bairros na periferia do Rio, neles controlando não só a "segurança", mas também negócios vários, v .g., venda de gás, água, cestas básicas, imóveis e até de sinal de tv e internet. A ampliação desse leque de serviços gera empregos e, por conseguinte, influência política, que se traduz no financiamento de campanhas eleitorais.

         Assim, de uma espécie de "polícia paga", as milícias se tornaram reguladoras da economia local, monopolizando demandas que deveriam ser atendidas pelo Estado, e, em consequência, sobretaxando a população. Organizados sob o discurso de força de segurança paralela para supostamente combater o crime, especialmente o tráfico de drogas em comunidades pobres da Baixada Fluminense, os grupos milicianos constituíram  domínio territorial em bairros do Rio, controlando não só a segurança, mas negócios como venda de gás, de água, de cestas básicas, de imóveis e de sinal de tv e internet.
           A ampliação desses "serviços" gera empregos e influência política, traduzida no financiamento de campanhas eleitorais.
             A presença, assim, das milícias passa a ser uma espécie de polícia paga, e daí passam para uma tutela das comunidades locais, monopolizando demandas que deveriam ser atendidas pelo Estado, o que leva a  cruel sobretaxa de uma população nas margens da pobreza.

( Fonte: O Estado de S. Paulo )


Nenhum comentário: