sábado, 25 de janeiro de 2020

Recuo de Bolsonaro ?


              
       Antes da viagem para a Índia, o Ministro Sérgio Moro parecia em maus lençóis. A questão surgira com a súbita perspectiva, na aparência acolhida pelo Presidente, de que a Secretaria da Segurança Pública seria retirada da Pasta da Justiça. A motivação estaria em suposta reivindicação dos secretários de segurança dos Estados, que prefeririam trabalhar no contexto de ministério federal da segurança pública.
          Quando tal situação pareceria amadurecer, a reação nas chamadas redes sociais foi muito forte, e tal em favor da permanência de Moro no ministério na sua conformação inicial.

           Diante da reação de Moro, que deixou claro que não aceitaria perder a Secretaria de Segurança, o cenário mudou.  Dessarte, a manifesta reação negativa diante da ideia de retirar a área do comando de Moro, forçou o presidente Bolsonaro a bater em retirada.  Já ontem, dia 24, o presidente afirmou que a chance de tomar tal medida neste momento é "zero".
             Além de pedir ao Vice-Presidente que conversasse com o Ministro da Justiça - é uma das missões habituais de seu companheiro de chapa -  já ao desembarcar em New Delhi, na Índia, o presidente negou que esteja "fritando" Moro: "Não existe qualquer fritura, nem qualquer tentativa de esvaziar o senhor Sérgio Moro."
               Nas palavras da cobertura de O Globo: "enquanto Bolsonaro se deslocava ao outro lado do mundo, o governo sentiu elevar a temperatura das redes sociais com críticas a um enfraquecimento do ministro da Justiça."  Sem embargo, a insatisfação com Moro viria desde a entrevista por ele concedida ao programa Roda Viva, da TV Cultura, na segunda-feira. "Houve a avaliação no entorno  do presidente de que Moro não descartou de forma clara que não tem pretensões de concorrer à Presidência."
                  É de notar-se que a "concorrência" com Moro, que supera o presidente em popularidade segundo as pesquisas de opinião, sempre terá sido uma pedra no sapato no relacionamento dos dois, que vive de altos e baixos, como já publicamente verificado.

( Fonte: O Globo  )

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