Antes
da viagem para a Índia, o Ministro Sérgio Moro parecia em maus lençóis. A
questão surgira com a súbita perspectiva, na aparência acolhida pelo
Presidente, de que a Secretaria da Segurança Pública seria retirada da Pasta da
Justiça. A motivação estaria em suposta reivindicação dos secretários de
segurança dos Estados, que prefeririam trabalhar no contexto de ministério
federal da segurança pública.
Quando tal situação pareceria amadurecer, a reação nas chamadas redes
sociais foi muito forte, e tal em favor da permanência de Moro no ministério na
sua conformação inicial.
Diante da reação de Moro, que deixou claro que não aceitaria perder a
Secretaria de Segurança, o cenário mudou. Dessarte, a manifesta reação negativa diante
da ideia de retirar a área do comando de Moro, forçou o presidente Bolsonaro a
bater em retirada. Já ontem, dia 24, o
presidente afirmou que a chance de tomar tal medida neste momento é "zero".
Além de pedir ao Vice-Presidente que conversasse com o Ministro da
Justiça - é uma das missões habituais de seu companheiro de chapa - já ao desembarcar em New Delhi, na Índia,
o presidente negou que esteja "fritando" Moro: "Não existe qualquer
fritura, nem qualquer tentativa de esvaziar o senhor Sérgio Moro."
Nas palavras da cobertura de O
Globo: "enquanto Bolsonaro se deslocava ao outro lado do mundo, o governo
sentiu elevar a temperatura das redes sociais com críticas a um
enfraquecimento do ministro da Justiça."
Sem embargo, a insatisfação com Moro viria desde a entrevista por ele concedida
ao programa Roda Viva, da TV Cultura, na segunda-feira. "Houve a avaliação
no entorno do presidente de que Moro não
descartou de forma clara que não tem pretensões de concorrer à
Presidência."
É de notar-se que a "concorrência" com Moro, que supera o
presidente em popularidade segundo as pesquisas de opinião, sempre terá sido
uma pedra no sapato no relacionamento dos dois, que vive de altos e baixos,
como já publicamente verificado.
(
Fonte: O Globo )
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