Na entrevista de hoje,
de Míriam Leitão, com o presidente da
ANP,
Décio Oddone, há dois tópicos que, segundo a articulista merecem atenção
especial.
Assim, o petróleo é um
"produto em obsolescência", e o Brasil vai mais do que duplicar sua
produção até 2030.
Conforme Oddone, "hoje o
Brasil produz mais de três milhões, quase quatro milhões de barris de petróleo
equivalente por dia, juntando com o gás. Nossa expectativa é chegar a sete
milhões de barris na próxima década. O impacto vai ser gigantesco, porque a
arrecadação vai-se multiplicar. Então fica o recado e a preocupação de como
utilizar esses recursos. São finitos e voláteis."
"O risco de repetir o
passado é enorme.O Rio já desperdiçou oportunidades assim. O Brasil, também.
Mas esse boom acontecerá muito perto
do fim do ciclo do petróleo."
"O petróleo caminha para a
obsolescência. A sociedade já fez a opção para a transição energética e pelo
uso de energia mais limpa. Mas haverá um período de transição, que não vai ser
curto, de aumento da presença das fontes renováveis na matriz energética",
afirma Oddone.
"As principais
instituições internacionais, a Agência Internacional de Energia (AIE) e outras
que fazem simulação, estimam o pico da demanda de petróleo por volta de 2040. A
partir de então, gradualmente (...) o
petróleo vai sendo substituído por outras fontes de energia, o gás
natural tem papel importante nessa transição, porque emite menos CO2. Ao longo
do tempo as fontes renováveis vão
ocupando o lugar do petróleo. E sobrará petróleo embaixo da terra e no fundo do
mar", diz Oddone.
"Fonte:
O Globo - entrevista concedida por Décio Oddone a Miriam Leitão."
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