As
milícias tendem a ser uma criação das PMs estaduais, sendo formadas em grande
parte por elementos reformados dessas formações pára-militares, o que dá uma
triste ideia do nível do pessoal que as forma, e sobretudo das características
da agremiação que tanto contribui para esse ramo não-declarado dos PMs
reformados.
Há
algo de muito errado nisso, eis que se deveria propiciar aos PMs - desde que
honestos e bem-formados - um ambiente suscetível para que continuem a serem
úteis à sociedade nacional, o que, segundo informa o Estadão, não estaria
acontecendo, dada a expansão de milícias por 23 estados.
Como assinala o Estadão em primeira página, a interferência das milícias
no sistema político carioca e o risco de sua expansão em atuação de grupo
pára-militares no restante do país preocupam as autoridades e estudiosos da
questão.
Mormente nas eleições municipais de 2020 do Rio de Janeiro, o tema
estará bastante presente, máxime na disputa pela capital fluminense, onde as
milícias atuam desde os anos oitenta!
A Polícia Federal passou a monitorar a ação de milícias e facções
criminosas no processo eleitoral e, nesse contexto, identificou riscos em
dezoito (!) estados. O fóco principal está
no financiamento ilegal de partidos e candidaturas de criminosos.
Como referido acima, os registros da atuação de milicianos se espalha
por todo o país. Na maioria , o perfil predominante é de grupos de extermínio e segurança privada
forçada (!).
O caso da vereadora Marielle e de seu chófer Anderson Gomes, fuzilados no ano
passado por milicianos, no centro do Rio de Janeiro, configura um crime com
esbanjamento de tecnologia e que até hoje afronta à consciência da População
brasileira, da Lei e da expectativa de punição dos mandantes, diante do tempo
já transcorrido. Essa ignomínia tarda demasiado em colher a merecida prisão e
punição dos culpados. Pelo seu peso e
gravidade, ela está por exigir a intervenção do Estado e de seu representante
mais qualificado, que é o Ministro Moro, da Justiça e da Segurança Pública, sendo
inadmissível que os assassinos de Marielle e Anderson continuem ao largo, o
que dá, decerto erroneamente, a impressão para muitos de que aqui em Pindorama
os protegidos de poderosos estariam ao largo do braço forte da Lei .
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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