Um dos principais servos da ditadura de
Nicolás Maduro, o chamado Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) proibiu nesta 4ª
feira 28 de junho a Procuradora-Geral Luisa Ortega Díaz de deixar o país e
congelou suas contas e bens.
Tais draconianas medidas são
consequência da convocação de Ortega Díaz a comparecer em quatro de julho a uma
audiência no dito TSJ, a qual foi aprazada para decidir se irá levá-la a juízo.
Ninguém é perfeito. A Sra.Luisa
Ortega Díaz foi, no passado, aliada do chavismo e do madurismo. Diante, no
entanto, de o que está acontecendo na Venezuela, a Sra. Ortega se tornou nos
últimos meses crítica ferrenha do presidente Nicolás Maduro.
Nesse sentido, a Procuradora-Geral
enviou três ações ao TSJ para impedir a Assembleia Constituinte convocada por
Maduro de escrever uma nova - e peculiar - Constituição. Para a Procuradora - e há sobejas motivações
jurídicas para tanto - o presidente viola a
lei ao não submeter a convocação a referendo popular, assim como por
fazer a eleição da assembléia sem
sufrágio universal.
Note-se, a propósito, que a atuação
do TSJ se realiza no mesmo dia que Ortega Díaz afirmou que o governo de Nicolás
Maduro impôs "terrorismo de estado", por meio dos militares e do dito
Tribunal.
A Procuradora-Geral sublinhou a
respeito: "Aqui parece que todo o país é terrorista (...), creio que temos
um terrorismo de Estado", afirmou
a Procuradora à imprensa. Reiterando que a Venezuela vive ruptura da ordem
constitucional, a Sra. Luísa Ortega Díaz pediu
que o país mantenha o respeito à Lei.
Ainda nessa ocasião, a
Procuradora-Geral contestou também decisão da Suprema Corte da Venezuela de
restringir-lhe os poderes, afirmando que não irá reconhecê-lo.
A propósito, na terça-feira 27 de
junho, o TSJ emitiu decreto que fortalece o defensor-público Tarek William
Saab. Permite, inclusive, que ele realize investigações criminais, tarefa antes da exclusiva competência de Ortega Díaz.
Para a Procuradora, essa medida
tem "clara intenção de anular o
Ministério Público".
(
Fonte: Folha de S. Paulo )
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