Desmatar, seja no
varejo ou por atacado, corresponde a um gesto irracional, que traz consigo
muitas consequências.
Incrédulo, se se toma conhecimento
desse frenético desmatamento que, de novo, se alastra pela Amazônia. As
expressões na famigerada reunião ministerial que, em boa hora para o Brasil,
Sua Excelência Bolsonaro determinara fosse gravada. Graças a esse gesto,
tomamos nós conhecimento de o que nos aprontam senhores como o ministro do Meio
Ambiente, Ricardo Salles, a par das estranhas pulsões de outros ministros como Weintraub.
O que mais entristece é a burrice
dessa gente. Eles são, na prática, aliados de madeireiros, aqueles que com a
vista grossa de quem deveria defender os interesses do Brasil e por quê não
dizer do planeta Terra, parecem comprazer-se - como na história só encontramos
o deprimente paralelo de um imperador romano, em termos de piromania - com o
que vem sucedendo nesse pulmão da Humanidade, e as consequências que despencam
nas cabeças não apenas nas cabeças desses senhores pirômano, mas em todos os
demais brasileiros, que sabemos de o que vale a Amazônia - e por falar nisso,
também a Mata Atlântica, eis que resta dela carece também de ser preservado,
pelas consequências que as destruições criminosas trazem.
O desmatamento é uma espécie
de jogo sem returno, nem retorno. As queimadas irresponsáveis, já nesta a
geração vamos pagá-las na cruel moeda
que persegue aos criminosos que as facilitam e "agilizam" esse crime
nefando - e não só esses espécimes indecifráveis que estranhamente as favorecem,
mas também todos aqueles que seja por silêncio ou omissão se associam nesses
crimes ambientais àqueles que são cínicos o bastante para adentrar essa
política que só leva - como tenho amiúde declarado - aos terrenos sáfaros,
áridos de uma burrice ancestral que seria até perdoável para os selvagens, os
réprobos e aqueles sem consciência da realidade - mas não a pessoas
alfabetizadas e que dispõem de um mínimo de Q.I.
Por falar em inteligência,
creio oportuno mostrar que ela não é privilégio da esquerda, pois a ministra da
Agricultura, Tereza Cristina, declara que o Brasil poderia intensificar a
produção de comida para atender mercados internacionais "sem derrubar uma árvore sequer".
Ainda segundo a Ministra "apenas 8% do território brasileiro é ocupado por
lavouras, que "ainda não atingiram a plenitude de sua produtividade."
"Podemos crescer
muito mais com as tecnologias que vem sendo desenvolvidas", disse ela, em
evento virtual da CBI (Climate Bonds Initiative).
Por sua vez, também
sobre crescimento sustentável, o presidente do Banco Central, Roberto Campos
Neto, afirmou que o governo estuda que o Brasil seja centro de negociação de carbono.
Falando ainda sobre
a precificação do carbono e a importância de tais números para o mercado
financeiro: "É muito difícil falar
sobre uma coisa que não tem preço, não conhece relações de demanda, oferta e
estabilidade daquele elemento."
Aprofundando a
questão, "uma das formas de ajudar a governança climática é ter certeza de
que as coisas têm precificação. Hoje só 20% da emissão de carbono está sujeita
à precificação."
Para Campos
Netto, o nosso país tem participação diminuta no mercado de títulos verdes.
Consoante ele, são negociados no mundo
US$ 541 bilhões desses papéis, enquanto o Brasil representa apenas US$ 1,5
bilhão.
"Temos,
devemos e podemos participar mais desse mercado", declarou o presidente do
Banco Central.
(
Fonte: Folha de S. Paulo )
Nenhum comentário:
Postar um comentário