sexta-feira, 19 de junho de 2020

Escrevendo sem notas


                      
         Faço raramente esse tipo de exercício, mas a ocasião assim o determina, pelo que vejo na televisão.
          Acabo de ver na Rede Globo que a cidade de Pelotas, no Rio Grande do Sul, é o único município no Brasil que se caracteriza pela falta, repito falta, de qualquer fatalidade (morte) pela Covid-19 nesse importante núcleo populacional gaúcho.

           Vivemos em terra de cegos e moucos?  O que tem faltado agora no Brasil - e põe falta nisso! -  é a ausência da mais elementar prudência, em termos de excessivos contatos humanos (aglomerações no comércio, nas ruas e, agora por cortesia irresponsável de um mau prefeito temos em praça pública a consequência de um deplorável açodamento desse  mau prefeito, o Senhor Crivella  que não se pejou de passar para a flexibilização no futebol, como nos foi dado presenciar através da tevê Globo) e dos jornais, em que Sua Excelência, demonstra grau raro de leviandade, eis que se lhe dá na venta de que já é tempo de meter o já encanecido Maraca  nessa bagunça infelizmente tão brasileira.

             Do velho Maracanâ - que naquele começo auspicioso de Copa do Mundo em que nos meses alegres e otimistas de que o caneco seria nosso ainda sequer se sabia que a ele - o maior estádio do planeta - estava reservado presenciar o incrível gol de Ghigia - aquele meio frango de Barbosa -  pois meu tio Toninho resolveu  levar o Mauro menino ainda para assistir o que seria Brasil 2x0 Iugoslávia. O estádio  estava ainda meio em construção, com a madeira dos andaimes ainda presente, e por isso meu tio preferiu sair no primeiro tempo, porque tinha suas dúvidas sobre as condi-ções do estádio.  Criança, ainda, saí, arrastado, e  de má vontade, pois vi-brara com o gol de Ademir (se não me engano, de sem pulo), e queria ver mais, porém o meu parente mais velho não estava para conversas...

             Através das notícias sobre a soez pandemia, continuamos a receber, através do consórcio da imprensa, as más notícias das mortes que incham, quando deveriam murchar. É uma pena que o corpo médico - e muitos prefeitos e governadores imprudentes  - se veja forçado a continuar a lidar com tantos casos graves - que lotam as UTIs, enquanto as autoridades políticas deveriam mostrar um mínimo de prudência - como a prefeitura de Pelotas e outras do Sul do Brasil - e atentar para a orientação da Organi-zação Mundial da Saúde(OMS) preferindo pacientar ainda um pouco, e não estragar tudo, se se desrespeita a força inercial da terrível enfermidade. Verdadeiras catástrofes podem ser evitadas, se atentarmos aos ditames da epidemia, e não contribuamos através da estouvada e irresponsável flexibilização - que é desaconselhada  por epidemiologistas e demais autoridades do ramo.

( Fonte:  Rede Globo )       

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