No dia em que as mortes
pela Covid-19 no Brasil ultrapassam a
marca das trinta mil, os especialistas ficam consternados diante da ir-responsabilidade
da reabertura descontrolada no Rio e em S. Paulo.
O macabro recorde de 1.262 mortes
em um único dia perfaz um total de óbitos de 31.199 pessoas pelo coronavirus.
Esse número desmonta alegações de
que o Brasil estaria chegando a um pico ou patamar estável na epidemia, o que
justificaria relaxar medidas de isolamento.
Demagogos como Crivella não se pejam
de vir a público defender tais medidas, o que é
um jogo irresponsável.
Diante de conjuntura que
recomenda prudência, Rio e S. Paulo mostram o contrário. Além desses dois estados, o cenário é grave
na média nacional. Por sua vez, desde 27 de maio a média semanal só cresce, atingindo
mais de 4.600 casos por dia em S. Paulo e, no Rio, 2400.
Sendo igualmente grave o
cenário na média nacional, os especialistas criticam as medidas de açodada
reabertura, reabrindo áreas de lazer e comércio logo na primeira etapa do plano.
O que há na verdade é um
grande vazio de liderança no Brasil, como assinala Mauro
Schechter, professor de infectologtia na UFRJ: "A pandemia aqui no Brasil é uma situação surreal. Há três ou
quatro meses ninguém imaginaria que
estaríamos vivendo uma pandemia dessa dimensão num país onde as decisões
estão sendo tomadas sem que a gente tenha uma liderança nacional, sem que se
tenha um ministro da Saúde."
No macabro ranking das
mortes, o Brasil está em quarto, com 31.199, superado pelos EUA (106.180),
Reino Unido (39.452) e Itália (33.530).
(Fonte:
O Globo)
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