Por motivos estúpidos,
sob capa de lamentável ideologia, o regime Bolsonaro estimula a destruição da
floresta amazônica através de criminosas, gigantescas queimadas. Não
surpreende, por conseguinte, que o Executivo norueguês, Jan Erik Saugestad, venha a
público declarar:
"Todos queremos continuar
investindo, queremos contribuir com o desenvolvimento econômico do Brasil, como
investidores. Mas se não virmos uma clara mudança de curso, o risco de
continuar está ficando maior e maior e vamos chegar ao ponto em que teremos de
sair.
"É preciso haver crescimento
sustentável, de um jeito que não seja devastando as florestas. Tem que ser um
crescimento inclusivo. E o Brasil avançou muito no passado, com o apoio
inclusive de governos como o da Noruega. Agora está se movendo na direção
errada
Se
o sr. se encontrasse com o presidente Bolsonaro hoje, o que diria a ele?
"Três coisas. Uma
é que acreditamos que investimentos sus- tentáveis garantem retornos por muito tempo e são a coisa certa
a fazer, para um país, para as empresas e para os investidores.
A segunda coisa é que estamos ficando sem tempo. Precisamos
não apenas parar as emissões de gás carbônico mas capturá-lo para evitar o
aquecimento global, e também evitar um colapso da bio-diversidade. E o terceiro ponto é que
apenas quando investidores, companhias e governos trabalham juntos podemos
mudar algo."
Não há dúvida que um
discurso racional, como o acima, tem chances tendentes para zero com pessoas
como o presidente Bolsonaro e o seu ministro Ricardo Salles. Seria necessária
e mesmo imprescindível uma reação de uma força tal que quebrasse a energúmena
certeza do Presidente e a cumplicidade do anti-ministro do Meio Ambiente. Será que
a Noruega tem condições instrumentais de conribuir para a salvação da Amazônia?
Só vejo na perspectiva de um movimento realmente global, com a criação de uma pressão
do bem realmente irresistível.
( Fonte: Folha de S. Paulo )
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